3 de setembro de 2008

vento só

Hoje tô sem vontade de falar. Fiquei sozinha na praça sentindo o vento gelado e úmido na pele, a esperança era poder sentir algo diferente.
Tinha uma quadra, uma rua, uma praça, uma rua, uma quadra. Quando as coisas estão do jeito que eu não gosto, quando tenho vontade de fugir só consigo pensar nesse trajeto. Às vezes não sei se o caminho é só esse, duas quadras. Será a nossa distância 2 km? ou duas voltas ao mundo, quem sabe?
Convidei pra sentir um vento bom que soprava, mas fiquei ali sentindo sozinha. Queria ficar tão leve ao ponto do vento me soprar, de levar pra bem longe daqui, mesmo que só por hoje.
Talvez fosse melhor eu ficar aqui, e o vento levar pra longe tudo aquilo que está me perturbando. Percebi que hoje a solidão é a melhor companhia.

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