Foto: O Laçador está no Dhomba
31 de julho de 2007
Dhomba
Foto: O Laçador está no Dhomba
Registro importante
O melhor lugar da cidade nos últimos tempos chama-se Cachaçaria Canavial, na rua Tupi 1199.
Todos os drinks são feitos com cachaça. E o licor de mel é um espetáculoA Lapa bem pertinho
A balada se chama “Um Passeio na Lapa”, e quem organiza é o Naco Guimarães, que além de um bom carioca é muito talentoso no que faz, aliás, ele contribuiu de forma ímpar no meu documentário Insana Criatividade.
Bem, toda sexta agora tem Maravilha em Porto Alegre. Tem samba!
A parada acontece no Abstratus Bar – Otávio Correia, 35 – Cidade Baixa
26 de julho de 2007
Uma estante sem fim
Graças a Cátia e o Luciano descobri um site MA-RA-VI-LHO-SO! O Estante Virtual. Lá estão todos os melhores sebos do país. Dá pra achar de tudo e ainda fazer a cotação de preço.
Eu encomendei um livro do Rafael Sampaio por R$16,00, mais 4 pilas de frete. O livro está em excelente estado e chegou 4 dias depois do depósito bancário. Hoje em dia quase não se tem o prazer de recebe cartas além de mala direta, é claro, mas receber um livro embrulhado em papel pardo e com escrito à mão é uma sensação de nostalgia fantástica.
É livro que não acaba mais, dá pra saciar a vontade de revirar estantes de todo Brasil sem sair de casa.
Espetáculo!
22 de julho de 2007
Informação no canhão
Bom, não quero perder o foco da minha intenção, que é falar sobre o acidente da TAM. Eu não sei bulhufas sobre trafego aéreo, pistas de pouso ou coisa parecida. Sei que é direito lutar para saber as causas do acidente, identificar os culpados e puni-los, e esse direito eu defendo demais.
Morreram quase 200 pessoas nesse acidente que coloca o país mais uma vez no topo em função de um índice trágico. Mas se é para falar de tragédia falemos: todos os dias morrem aos montes lá no Rio e aqui perto, no Bairro Santo Afonso. Até aí nada de mais, banal né (não acho)?! Porém não vejo o mesmo empenho da imprensa em buscar as causas dessas mortes. Por que será?
Os mortos do cotidiano em sua maioria nunca andaram de avião, porém sabem como é andar à pé, de bicicleta, de ônibus como um sardinha em lata. E eu me pergunto por que as causas de morte desses não merecem investigação e punição dos culpados?!
Ás vezes me parece que os parentes das vítimas do Vôo da Tam estão sendo usados como bucha de canhão, e isso sim me deixa profundamente indignada. Querem fazer da tragédia um espetáculo, um circo armado com um bom domador de leões.
Minha solidariedade aos amigos e familiares das vítimas do vôo 3054 e meu protesto pela atitude dessa imprensa que me envergonha.
OBS: O que ta dando pra ver na TV é o PAN, no qual o Brasil tem mostrado maravilhas.
11 de julho de 2007
Um pouco de síndrome HIENA
Passei duas semanas fora de casa em função do Congresso da Une, na real pra UJS. A primeira semana foi em São Paulo diagramando 30 páginas, 2 camisetas e uma faixa. Tudo isso em tempo quase record. Passei muitas horas acordada graças aos flaconetes a base de guaraná que a Titi chama de “arrebite”, foram eles que garantiram que os materiais chegassem na gráfica no tempo (limite).
Depois fui enviada à Brasília pra arrumar algumas coisas do tipo: montar tendas, provar chopp, contratar som, mesas e cadeiras entre outras. O dia de chegada foi ótimo, comi melancia com a Manu e conheci o fumódromo da Sala Verde, fiquei impressionada com a engenhoca mesmo não sendo uma fumante. A noite foi agradável, fui cumprir a trabalhosa tarefa de aprovar o chopp pra tenda. Depois encontrei com a Leonor, amiga recente, jornalista da FENAJUFE.
Se no primeiro dia tudo corria bem, gradualmente as coisas pioravam. No segundo dia tive dificuldades com as tendas, pouco auxílio dos “bicuíras” (nativos), baixa adaptação ao clima nada úmido.
A tenda – Parte 1
Esperei a tenda do Centro Comunitário ser montada, escolhi teoricamente o melhor lugar. Os peões demoraram 40 minutos pra deixar a grande estrutura de 11x11 metros de pé. Tranqüila, depois disso fui almoçar com a Dani, quando toca meu celular, um chip de Brasília que comprei no aeroporto e que no máximo cinco pessoas sabiam o número (entre elas minha mãe). No telefone a responsável pelo Centro Comunitário me xingando por causa da tenda. Juro que me senti investigada pela CIA.
Para o meu alívio a Titi e a Gabi chegaram na quinta. O engraçado é que o trabalho recém tinha começado. Nós três mais o Anderson compúnhamos o gruo SE VIRA NOS 4! A impressão que dava era que nós havíamos sido contratados para carregar muitas caixas, camisetas, materiais, subir em cadeiras, tomar choque, dormir pouco entre outras coisas.
A tenda – Parte 2
A montagem da tenda do Minhocão da UnB demorou pra acontecer. Fomos deixados horas esperando. Mas a tenda chegou e ficou linda, esta de 10x10 metros. Em uma hora arrumamos um ‘puta’ bar, com mesas, cadeiras, enfeites de festa junina e uma banca de materiais e camisetas. Ah, também chegou a empresa de chopp e a barraca bombou. Bombou por pouco tempo, até chegar a prefeitura do Campus e levar a Titi. Minha amiga foi presa! (rsrsrsrsrsrs)
Voltando para a tenda do Centro Comunitário aguardamos a instalação do som. O cara da empresa me avisou que a tenda dava choque. Descobri que o maravilhoso lugar escolhido por mim era embaixo dos fios de alta tensão, que formaram um campo de energia com os pilares de ferro. Ninguém merece! A tenda foi revestida por sacos de lixo. Apesar do visual ter ficado estranho o espaço bombou muito. Foi o que salvou a festa, de acordo com as boas e badaladas línguas experientes em congressos.
Vende camiseta, arruma carro, prende faixa, leva matérial, busca material, vai pra passeata, volta, espera o DJ da tenda, arruma a tenda, morre de fome, acha uma pizzaria ruim no shopping, dorme, acorda, vai na festa conferir, chega e vê que o visual foi destruído mas a festa mais uma vez está lotada. Tudo ok? Ok! Entra no táxi, volta pro hotel, dorme pouco e acorda cedo. Desmonta as coisas do Minhocão e monta no Ginásio. Carrega peso, mais peso, mais peso, mais peso (Caralho: a gente é muito forte!).
Mais uma noite, a última de congresso. Mudaram os DJs mas a festa continuou bombando com uma música que eu odeio. O DJ desta noite fez minha festa ficar ruim, ou indigesta, como o Anderson gosta de dizer. Briguei com o cara de mal gosto musical, assisti os manos do Faces da Morte, voltei pro hotel, arrumei a mala parcialmente e dormi. Às 4h da manhã o DJ ruim liga me cobrando o pagamento. Ahhhhhhhhhh ...... ninguém merece!
Domingo último dia de congresso. Aleluia. O dia passou rápido, desta vez carregamos menos caixas. Arrumei minha vaga de carona em um ônibus de MG. Fui pro hotel, tomei banho, terminei a mala e voltei ao Ginásio. Chegando no local marcado para a o embarque eis que minhas referencias desaparecem. Pego minha mala gigante e saio a caminhar por todo estacionamento imponente (como toda a Brasília) em busca de um ônibus que me levasse à BH ou proximidades. Andei até calejar as mãos. Fui procurar a Titi e a Gabi. Ligamos pra umas pessoas e nada. Na rodoviária descobrimos que o último ônibus tinha saído há uma hora atrás e o próximo era só na segunda à noite.
Nesse meio tempo saiu o resultado do Congresso. Minha conterrânea foi eleita presidente da UNE. Parabéns Lúcia!!!
Chorando e sem saber o que fazer fui num bar com a galera. Minha mala foi num carro e eu em outro. A dona do carro sumiu sem deixar vestígios junto com a minha mala. Fiquei menstruada (acho que de ódio). Bebi Arak. Sem carona, mais uma noite em terras vermelhas, voltei pro hotel, sem mala. Chorei de raiva de não sei do quê. Acordei sedo sem precisar. Fiz muitos telefonemas até localizar a mala.
Esperando a Titi me vi numa cena bucólica ouvindo poesias de Vinicius de Moraes no rádio do PV. Decidi ir direto pra casa. Acho que tem olho gordo na minha felicidade. O almoço foi numa churrascaria pra compensar esse drama. Arrumei uma passagem BsB- PoA pro mesmo dia. Só reencontrei minha mala às 16h mesmo tendo localizado ela antes (problemas logísticos).
Urucubaca valendo! Parti pro aeroporto, meu vôo às 19:36. Muito trânsito e um motorista de táxi meio doido (comum em BsB). Atrasada não queriam deixar eu embarcar. Fale, implorei com um tal de Mello da Tam que deu um jeito de despachar minha bagagem. Fiz uma maratona até o portão 6. Sobrevoei Porto Alegre mas São Pedro não foi generoso e proibiu a descida. O avião teve que parar em Curitiba, o único aeroporto aberto do sul do país. Que meda heim! A Tam fez a gentileza de colocar 2 ônibus para Porto Alegre. Eu não mereço! Mais 10 horas de viagem. Cheguei em casa hoje ao meio dia. Salva e nem tão sã, muito menos feliz.
Lições do 50º CONUNE
1. Não faça mala na última hora;
2. Pesquise antes quantas páginas você terá que diagramar, em quanto tempo e em qual computador;
3. Pode confiar no “arrebite”, ele deixa ligado mesmo;
4. Nunca faça uma camiseta com a frente igual e estampa diferente nas costas. Não adianta porque as pessoas não entendem;
5. Nunca monte uma tenda de 11x11 debaixo de fios de alta tensão;
6. Nunca contrate uma empresa que manda um DJ diferente a cada dia de festa;
7. Confie no táxi 3030!
8. Não conte com os “bicuíras”, eles não vão ajudar;
9. Faça no mínimo uma equipe de 4 elevado na potência 2.
10. Não deixe uma trufa de bobeira na bolsa, o povo gosta de chocolate e rouba sem dó;
11. Articule mais e melhores caronas pra MG, ou compre sua passagem de avião ou ônibus de linha;
12. Não viagem em carro separado as sua mala, ela avi se perder;
13. Não ouça Vinicius de Moraes na segunda pela manhã, é meio “indigesto”;
14. Perca o vôo em Brasília caso descubra que em Porto Alegre faz chuva, frio e neblina ao mesmo tempo.
15. Tenha amigas como a Gabi e a Titi. Faz toda a diferença;
16. Anote tudo isso para o próximo congresso!