26 de setembro de 2007

Cultura livre

Estou me esforçando pra conhecer e aprender um pouco sobre cultura livre. No sábado vai rolar uma atividade da associação que o Fu-Xu faz parte, acho que vai ser massa, até porque não é um dia inteiro, são doses homeopáticas, poucas horas. O texto aí de baixo foi o Fu-Xu que fez, e eu me comprometi em divulgar.

A cultura, o controle e o acesso: o novo paradigma da sociedade da informação

O debate sobre cultura tem tomado cada vez mais importância na medida que os elementos de identidade e de conhecimento tem estado cada vez mais na pauta da mídia, dos programas de inclusão social e nos discursos políticos. Mais pertinente ainda, é a discussão do controle e o acesso aos bens culturais em um momento em que uma grande rede alternativa de distribuição tem se estabelecido na periferia dos modelos centralizadores de profusão de cultura.

Através da internet, é possível baixar filmes, músicas, fotos, etc., uma nova esfera interpessoal se estabelece e se fortalece na medida que as pessoas ficam mais perto dos autores, dos produtores culturais. Para além do virtual, uma outra rede, constituída de camelôs, copiadores e vendedores informais encontram uma forma de sustentabilidade.

Porém, a indústria cultural ainda impõe um modelo ultrapassado de produção cultural. A chamada indústria do copyright alega que quanto mais se “pirateia” menos ganham artistas e colaboradores. Para um “melhor” controle da cultura, são criadas novas tecnologias, como gerenciadores de direito autoral (DRM), códigos anti-cópias e endurecimento das leis que punem a cópia de Cds, DVDs, etc. Mesmo assim, a diversidade e o fomento para novos artistas parece não passar pelos caminhos tradicionais desta grande indústria.

Nesse sentido é que a Associação Software Livre.org promove um seminário para debater a chamada “Cultura Livre”, o novo paradigma da cultura na sociedade da informação, no próximo dia 29 de setembro. A ASL, que promove anualmente o Fórum Internacional de Software Livre, quer mobilizar a classe artística para que ocupe espaço dentro do Fisl e que faça dele um espaço de debates sobre as novas formas de distribuição cultural.

A Cultura Livre, idealizada pelo norte-americano Lawrence Lessig através de licenças alternativas ao copyright, se baseou no espírito das comunidades de software livre. Ou seja, o conhecimento tem que ser acessível, circulante, e as leis e a tecnologia tem de facilitar essa troca, não impedi-la.

A primeira vista, há muitos questionamentos: como fica a questão da sustentabilidade, da autoria, dos direitos e deveres do artista? É através deste seminário que estas questões serão levantadas e debatidas entre os participantes. “A intenção é desconstruir a idéia que é necessário grandes corporações para a profusão da cultura”, afirma Fabricio Solagna, um dos facilitadores do evento.

Serão efetuados pequenas palestras de 30 minutos, além de exibição de vídeos do projeto Creative Commons, que fundamenta o conceito de Cultura Livre. Também será exibido um filme chamado "Good copy, bad copy".

O evento será realizado na Casa dos Bancários, na rua General Câmara, 424 – Centro – Porto Alegre-RS. Fone/Fax: (51) 3433 1200. A entrada é livre. Confira a programação:

Programação
16h- Cultura: Acesso, difusão e liberdade. O novo paradigma da sociedade da informação.
Palestrantes: Cultura Livre (Lucas Alberto), Software Livre (Fabrício Solagna)


16h45min – Mostra de vídeos disponíveis em Creative Commons
Cultura do Remix e Seja Criativo


17h15min – Intervalo


17h30min – As redes de colaboração: a linguagem da nova teia cultural
Workshop demonstrando sites Overmundo, Estúdio Livre e Wikipedia.
Facilitadores:
Overmundo (Alê Barreto da Independência)
Estúdio Livre e Wikipedia (Felipe Santos)


18h30min – Mostra de vídeos disponíveis e Creative Commons
Trechos do filme: “Good copy, bad copy”

SERVIÇO
O que é:
Seminário Sobre Cultura Livre (produção e distribuição cultural na era da internet)
Onde: Casa dos Bancários, na rua General Câmara, 424 – Centro – Porto Alegre-RS.
Fone/Fax: (51) 3433 1200
Quando: 29 de setembro de 2006
Horário: 16h
Entrada: livre
Informações: (51) 3228-0181

23 de setembro de 2007

O blog ficou meio abandonado essa semana. Tive até vontade de escrever um monte de coisas, mas tem vezes que não estou pro mundo das palavras, prefiro só imagens. Por falar em imagens, fiz fotos belíssimas no Colégio de Aplicação da UFGRS para ilustrar o trabalho de doutorado da Karen, o qual passei esses últimos dias me dedicando.


Essa é uma coisa semelhante a uma piramide que está posto bem no centro do saguão do Colégio.

No sábado, não ontem, o anterior, fui ao ciclo de debates Mundo Virtual que a Feevale está promovendo na sala PF Gastal, na Usina do Gasômetro. Ando com necessidade de conhecer mais sobre isso. Adorei algumas coisas, em especial o relato da professora de letras Rosemari, ela iniciou em 1996 um trabalho de aprendizado da língua com os alunos através de uma sala de bate papo na internet, criada por encomenda dela. Nessa sala os alunos criavam um Avatar descritivo e conversavam com os colegas livremente ou com pautas sugeridas. Em 40 minutos ela conseguiu imprimir 90 páginas de conversa! Coisa que certamente não se faz os alunos escreverem em uma aula normal. Além disso ela também levantou algumas pesquisas sobre o ensino a distância, fez uma crítica aqueles que compreendem essa modalidade como um simples espaço onde são disponibilizados textos para que os estudantes baixem num site.

As jovens doutoras Paula Jung e Sandra Montardo falaram de outras coisas como blogs e Second Life, a diferença e a distância entre o real e o virtual. Confesso que isso foi estimulante para eu decidir me aventurar no Second Life. Construí meu Avatar essa semana, é uma experiência meio maluca. Tu tem a chance moldar o que eu chamei de “bonequinho”, dá pra viajar legal, mudar a cor da pele, dos olhos, ter mais ou menos cabelo, mais ou menos bunda, coisas que eu sempre sonhei que os jogos de vídeo game deveriam ter. Na verdade tenho esse sonho desde que eu tinha e jogava os jogos do Atari.


Esse é o meu Avartar, se chama Cris também.

No primeiro dia fiquei insatisfeita com as roupas disponíveis, mas também, fazer o quê se eu não tinha nenhum “linden”, que é do dinheiro do SL para poder ter mais opções. Andei por vários lugares, fui na festa do Cais do Porto, que estava tomada por patrocínios da Ipanema FM, depois fui pra festa do Metrô São Pedro, lá ganhei uns comandos que ensinam a dançar, achei tri massa...rsrsrs. Dei uma volta na Ilha de Búzios, depois no SENAC, que montou uma puta escola dentro do SL, acabei descobrindo que se pode trabalhar no SENAC por 10 minutos lavando chão ou vidros e ganhar 2 lindens. Mas eu não trabalhei, porque isso eu já faço na vida real né. Ah, tem a opção de ficar 15 minutos sentado num banco de praça pra também ganhar 2 lindes. Eu não fiquei sentada.

Nessas andanças acabei fazendo amizade com um cara que já está no SL há 7 meses, ele me deu umas dicas e me levou em 3 lugares pra comprar roupas de graça, até que foi “diver” como diz a Jeh.

O que mais mexeu comigo, ludicamente falando, é a possibilidade de se tele-trasnportar pra qualquer lugar. Eu sempre desejei que isso existisse no mundo de carne e osso, e tenho certeza que não sou só eu que desejo isso. No SL dá pra brincar a vontade de se tele-trasnportar. Também tema opção de oferecer teleporte aos amigos, tipo, estou em uma festa e quero convidar um amigo pra ir pra lá. Massa demais.

A única coisa é que ainda não entendo é como ter sentimentos por lá, sei que tem pessoas com relacionamentos sólidos, namoram e até casam no SL, mas isso não dá pra mim, definitivamente, até pode ser divertido, mas eu não troco a carne e o osso.

17 de setembro de 2007

As pessoas crescidas têm sempre necessidade de explicações... Nunca compreendem nada sozinhas e é fatigante para as crianças estarem sempre a dar explicações.

Antoine de Saint-Exupéry



11 de setembro de 2007

Vidinha mais ou menos

Nessa minha fase de vida mansa, que inclui alguns títulos e novas vontades como, por exemplo, sair toda sexta-feira independente de tempo ruim (chuva e frio), gastar menos em produtos e mais em “serviços”, resolvi investir no feriadinho “out” do circuito. Destino patriótico, celebrar a beleza da vizinha Santa Catarina, que na verdade nem é tão santa assim, mas é tomada de verde, amarelo e azul. Um azul que se mistura ao verde infinito e que fica sob sol amarelado do inverno que anda exigindo despedida. Comecei na quinta, o Kiki me levou pra Jurerê. A desculpa era a praia, mas pra falar a verdade escolhemos o lugar em que seremos vizinhos de veraneio daqui há poucos anos. Depois comemos ostra ao bafo, bah, uma vidinha difícil assim... em plena quinta-feira. Ainda sujos de areia fomos até a UFSC, me senti muito bem ao ver que tinha iguais por lá. Essa universidade ainda me acena um convite de vida nova, mesmo que temporária e sem tantas horas de balada. Antes da piranha Gabi chegar na área eu e o Kiki garantimos a presença da cota negra do nosso feriadão. Pilhamos o Gonzalo, que dizia estar com num pé que era um leque, pra ir pra ilha e ainda levar a negra Alê. Tudo certo, a vacilona que perdeu o time das passagens e que ia passar o findi arrumando os armários teve que bagunçar tudo às pressas, pois a única coisa que ela tinha que arrumar eram as malas.

Fomos pra um bar chamado Mexicano. Som de primeiríssima, forçamos uma dança apertada entre as cadeiras, até porque não sei como as pessoas podem ouvir uma música animada sentado na cadeira. Pra variar tivemos que contrariar, e deixar bem claro que não somos nativos (o que seria uma ofensa). Mal jogados sobre os lençóis acordamos com o Gonzalo e a Alê. Turano em peso agora! Ai meu deus, que perigo!

Lá pelas 10 horas era quase óbvio que eu era a pessoa mais disposta, embora a gente tivesse um problema grave pra resolver: pra que praia vamos ir???! (olha só o lado bom de quem vai pra Tramanda Beach, nunca tem esse tipo de problema..rsrsrs).

Destino escolhido: Joaquina. Bom, logo dava pra ver que a gente ia ter que convencer o garçom do bar “uhuu” (sim, esse era o nome do bar), de que a gente bebe mais rápido do que qualquer Catarina podia nos atender. Aleluia nos providenciaram um garçom gaudério, daí tudo correu bem.

Bom, a negona era doméstica, mas como somos chiques o suficiente levamos pra praia uma piranha versátil, que nas horas vagas ataca de chefe de cozinha. Sem encontrar peixaria no nosso caminho na volta da Joaca, a chefa teve idéia de fazer comida árabe. Kibe, tabule, pão sírio, mas o melhor mesmo é tinham nativos árabes com a gente. Repara só!


Confusão depois das 20 horas estabelecemos que é uma coisa positiva. Fomos pra confusão, não exatamente nessa hora, mas fomos. Dunas é o lugar. Montado numa duna, lógico, rola um samba massa demais. Tem um cara que canta igualzinho ao Zeca Pagodinho e uma mulher que tem a voz (solamente a voz) da Ivete Sangalo. No barraco tinha um povo da UJS também, um falso italiano e umas velas acesas. Dançamos muito, mas não tudo o que gostaríamos, afinal a balada acaba cedo demais, ascendem as luzes na cara de pau e começam a varrer o chão. Por uns instantes nos perdemos, a Gabi foi num outro bar achando que agente também tava indo, eu quase perco a carona, da próxima vou ter que aprender uns golpes marciais pra me livrar mais rápido de algumas situações.

Day after! Matadeiro! Prainha que fica meio isolada, só dá pra ir caminhando por uma pequena trilha que sai do Campeche. Não é de hoje que me amarro em visitar sebos e comprar coisas usadas, pois não é que tinha um sebo nesse caminho, assim, na beira do mar. Era um sebo bem modesto, mas não importa muito porque a vista do balconista é muito mais legal do que a do comprador. Na banquinha tinha um velho, que nos chegamos a conclusão que era o Gepetto, aquele da história do Pinóquio, só que agora um pouco mais magro. O vovô pintava um quadro com lápis de cor, e ao seu lado cuia e bomba de chimarrão. Aquela cena era de outro mundo. Enquanto isso longe da sala da justiça nós andávamos carregados com isopor, latas e picadinho.


A noite foi mais tranqüila, camarão, mariscos e peixe. Demos uma banda até a baia de um camarada muito gente fina que eu não via faz muito tempo, o Olimpio. Depois seguimos no choro e no samba.

Decidi por mal não acordar ninguém, não que eu não quisesse, mas acordei indisposta e só melhorei quando chegamos no Campeche. Foi o dia mais quente.

Acertamos tudo dentro do carro e a pedidos levamos sanduíches pra mostrar como eram pra atendente de um restaurante que a Ale e o Gonzalo foram vítimas no caminho.
Bom, tem algumas coisas que decidimos juntos nesse final de semana, mas elas estão fora de ordem, então deixei pro final mesmo.

Segue a lição:

  • Termo novo: Hot Pocket – é literalmente lanche rápido e prático. Já vem pronto pra comer, só precisa aquecer.

Cetano Veloso fez uma música pra Gabi, pra Alê e pra mim.

A Alê é muita tese. A neguinha decidiu que devia ter virado sexológada, de hora em hora era uma tese. Ah, principalmente dentro do carro. Algum editor bem atento poderia ter pegado as pérolas.

Existem pessoas que odeiam uma vida mansa, e se não odeiam morrem de inveja. Eu, o Gonzalo e o Kiki adoramos!

O Kiki ta se passando em Floripa. Temos que tirar ele uns dias de lá. Há indícios de que ele anda convivendo demais com aquele povo.Tá vendo placa até onde não tem.

Eu da próxima vez tenho aprender alguns golpes marciais.

Não nos deixemos enganar por falsos italianos.

Nunca espere por homens catarinas.

A Gabi e o Gonzalo deixaram pertences na casa pra ter um motivo pra voltar...rsrsrsrs

Fechem os supermercado 24 horas em Porto Alegre, o Gonzalo curte muito fazer compras às 5 da manhã.

Matador...matador..matador!!!

3 de setembro de 2007

é primavera

Fez um dia quente, no termômetro do centro às 14h marcava 28 graus. Mas foi um dia muito especial. Sabe quando a gente nota o cheiro da primavera?! Hoje eu notei! Eu adoro, me sinto feliz, cheia de energia.
O perfume das flores da acácia, hummm, que sensação fantástica. As azaléias cor de rosa e brancas florescendo aos cachos, uma coisa linda de ver.
Por causa do trabalho fui numa gráfica cujo o mascote é uma arara. Visitamos o viveiro antes de ir embora. Tinham dois casais, um amarelo verde e azul, e o outro vermelho e azul predominantemente. Digo predominantemente porque eu sou incapaz de descrever aquele degradê colorido e intenso com tanta perfeição.A natureza é linda.
Precisava dividir essa sensação, como dizia o querido Tim Maia, "...é primavera, te amo".

2 de setembro de 2007

Juízo e sisos, antes não tê-los!

Por incrível que pareça tenho que acabar com o pouco juízo que me resta. Sim, tem pessoas abençoadas que já nasceram sem, o que eu considero sinceramente uma dádiva. Já eu, sou ajuizadíssima, nasci com os 4 sisos.
Dizem que esses dentes, que no geral são 4, começam a perturbar no final da adolescência, entre os 17 e os 20 anos de idade. Esquisito isso. Meu excesso de juízo começou a me atrapalhar só no ano passado, quando em livrei dos dois superiores. De lá pra cá a minha vida melhorou bastante, ando menos preocupada com coisas tolas, faço mais o que quero e o que gosto.
Eu sempre soube que ainda restavam mais dois, os inferiores, esses estão numa posição meio complexa, completamente deitados, e com força tentam estragar meu tratamento ortodôntico, creio que a força é proporcional ao juízo que quer sair de mim.
Na parte operacional da coisa, que é o que interessa, há algumas coisas que simplesmente não fazem sentido pra mim. Terei que me desfazer a força de uma coisa que é minha, nesse caso um dente, e ainda pagar uma fortuna por isso. Eu acho que o dentista que devia me pagar pra extrair um dente meu, afinal, andam cobrando os olhos da cara pra implantar dentes, que ainda por cima são dentes de mentirinha.
Sábado fui ao dentista, levei minha radiografia e minha mãe, até porque suponho que meus pais sejam responsáveis por eu ter esses malditos dentes. Conversamos com o dentista, que foi franco além do que precisava, o querido confessou que vai doer. Resolvi perguntar quanto teria que pagar pra me desfazer do juízo, pra quê eu fui pergunta?! Bem, vai sair por nada mais nada menos do que 250 reais, o preço mais alto na tabela de dificuldades que o doutor terá que enfrentar. A minha mãe sempre disse que eu gostava das coisas mais caras, mas eu podia ficar sem essa.
O dentista olha pra mim e diz: quer marcar uma data? É claro que eu quero, ta doendo né! Olhei pro calendário, me ative a não sacrificar os dois feriados do mês, e também o não feriado entre os feriados, isso pra não morrer de saudades do samba da sexta-feira. Decidi pelo dia 25 de setembro, uma semana antes do meu aniversário. Quero começar a viver os 25 anos sem esse juízo torto.

Sinônimos

Faz muito tempo que quero ter um dicionário de sinônimos. Já tinha pesquisado em altas livrarias, mas tudo era um absurdo de tão caro, tipo, de 90 pilas pra mais (bem mais). Fui no sebo sábado e achei um um por 5 pilinhas. Tá certo que ele tá meio surrado, mas nada melhor do que poder se expressar bem, fazer palavras cruzadas com agilidade, não se repetir e por vezes ainda experimentar palavras pouco usadas (isso dá um tom chique e exótico ao texto né!)
Detalhe: sinônimos, antônimos e homônimos.