29 de agosto de 2007

Diário do Diabo - quando os anjos se prostituem

Outro dia a Leo me falou de um livro chamado o Diário do Diabo. Eis que ontem ela me trouxe e disse que queria me emprestar.
Com o título de bacharel e sem freqüentar mais as noites da Feevale tenho aproveitado os momentos antes de dormir para ler ou fazer palavras cruzadas, ou os dois.
Diário do Diabo – Quando os anjos se prostituem – é um livro que conta a história da vida de um preso gaúcho, melhor, ou pior, é que é contata pelo próprio. O Melhor é pela autenticidade, o pior é que é verdade. Acho que foi isso, a verdade, que me arrancou lágrimas na segunda página. Eu não me lembro, nos meus poucos e bem vividos 24 anos, de algum livro ter me feito chorar, chorar com muitas lágrimas.
Por alguns instantes me perguntei se gostaria de continuar lendo isso. Refleti se não estava me deixando influenciar pela minha TPM que se aproxima e acabei seguindo a leitura até a pagina 17. Fechei o livro por conta da dor que se misturava com o sono e também com a dor na minha garganta. Reparei que na contra-capa não tinha um longo texto fazendo comentários ou resumindo a obra, solamente está escrito: Abrir os olhos para a violência que nos cerca não deve ser um triste privilégio de quem está definitivamente condenado pelo acaso a viver um dos papéis, de réu ou de vítima. Este é um livro para lembrar o que todos querem esquecer.
Depois disso decidi que não quero esquecer vou prosseguir a leitura.

23 de agosto de 2007

O vôo do Baltazar

Hoje a manhã começou cedo. O Baltazar acabou com meus planos de dormir até mais tarde, tudo isso porque ele decidiu que hoje era o dia do seu primeiro grande vôo.

Aqui em casa já tivemos várias espécies de pássaros, mas nenhuma que a família tivesse gostado tanto. Amarelinho, de bochechas vermelhas e uma crista alta, uma Calopsita, batizado de Baltazar pela Cacá. Meu pai o ensinou a cantar o Hino do Grêmio. Ele assovia uma maravilha, adora fazer isso pra chamar a atenção das visitas. As pessoas ouvem aquilo e perguntam quem esta assoviando, nem desconfiam dele.

O Balta, como eu o apelidei, foi acostumado solto direto, é um pássaro desses que pousa em ombro amigo, como diriam alguns “um papagaio de pirata”. Adora comer pipoca como gente grande, assisti filmes com a gente. Ontem mesmo vimos “A Procura da Felicidade”, com o Will Smith, um ótimo filme, talvez o Baltazar tenha se inspirado nele para voar, para buscar a sua felicidade.

Primeiro alçou um vôo pequeno, que foi da garagem até a divisa do terreno de dois vizinhos dos fundos de casa. Meu pai e minha mãe fizeram todo o esforço para resgatá-lo, usaram até uma escada, mas ele tava disposto mesmo a voar, e voou dali pra não sei onde.

Meu pai, coitado, tava quase chorando, pensando até em fazer umas pipocas e espalhar por aí, numa idéia semelhante intenção de “João e Maria”, aonde as aves vão comendo o caminho. Eu consolei dizendo: se ele sabe voar tão bem, é claro que ele tem que ficar livre. Mas meu pai, como preocupação de pai disse “ele sabe voar, mas não sabe sobreviver sozinho, não sabe buscar comida, e também tem muito gato na vizinhança”. Fiquei calada. A manhã nem terminou, aliás eu nem terminei de escrever isso e o bom filho retornou a casa trazido pela vizinha da quarta casa depois da nossa.

Sinceramente não sei como o Balta se sente, talvez frustrado. Mas é bem verdade que ele pousou em uma casa de família, procurando pessoas, tenho certeza que ele gosta de gente, talvez ele tenha descoberto isso ao longo do vôo. Também não sei se ele sobreviveria muito tempo sem comida e com tantos gatos por perto como disse meu pai, mas o Baltazar teve o imenso prazer de voar, de experimentar essa sensação para qual veio ao mundo.

21 de agosto de 2007

Ressaca Moral

Nossa, estou com dor na barriga de tanto rir. Me finei de rir! Navegando pelo mapa da blogsfera brasileira encontrei um blog de nome bem sugestivo Ressaca Moral. Eis que o cara tem um post chamado "5 dicas matadoras para fazer um blog supimpa" falando como administrar um blog e fazê-lo bombar. Vale muito ler isso!

saudade

" Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida ". Clarice Lispector


20 de agosto de 2007

mãos mágicas

Faz um tempo que vem circulando na rede uma apresentação de slides feita com fotos de uma impressionante habilidade de fazer arte com papel, porém não diz de onde vem tamanho talento. Felizmente navegando no blog da ilustradora espanhola Monica Calvo encontrei o site e o nome do responsável.
Babem! O Cara é o máximo mesmo, o figura se chama Peter Callesen e faz as folhas de papel lisas e sem graça virarem castelos, monstros e tudo mais. O que mais chama atenção é que tudo tem a parte de dentro e a parte de fora, como se as coisas tivessem alma. Lindíssimo!

Desenho pra gente grande

Um pequeno detalhe no filme “Deu a Louca na Chapeuzinho” me convenceu de vez de que esses desenhos animados dos últimos tempos são feitos pra adultos, ou melhor pra qualquer idade acima dos 5 anos.
Antigamente os filmes infantis, mesmo em DVD, já vinham dublados, nem tinha outra opção, até porque se supunha que as crianças entendiam só o português, além do clássico “gu gu dá dá”, é claro. Hoje os filmes vêm com opção de idiomas e legendas, que obviamente não são para que os fofinhos que mal saíram das fraldas exercitem seu inglês, mas sim para que os adultos vejam o “filminho” como “filmão”, ou seja, com áudio original. Pois adulto mesmo tem que ouvir o som original e correr os olhos depressa pra ler todas as letrinhas (por isso que eu gosto muito dos filmes nacionais, sem legendas...rsrsrs).
Bom, esse foi o detalhe, porque todo o resto está explícito. Uma história inteligente, com um humor inteligente, brinca com os esteriótipos da nossa imaginação ridícula sobre contos de fadas. Nesse caso a grande moral é: nem tudo que parece é! Achei esse filme semelhante a uma dinâmica de grupo (para adultos) chamada “João e Maria”. É a história de julgar o livro pela capa.
Do ponto de vista estético vou me ater em dois comentários. O primeiro é sobre as roupas da Chapeuzinho. Achei o máximo ela usar baby look, calça jeans boca de sino e uma mini saia por cima da calça. Também, seria ridículo apresentar em 2007 uma menina com cara de inocente (leia-se idiota), que é passada pra trás por um lobo mau. Pobrezinha! A outra coisa que quero registrar maneira com que os planos diferentes contavam a mesma cena de acordo com o personagem, simplesmente sensacional.
De fato, pra reparar tanto em desenho animado, só gente grande.

15 de agosto de 2007

Ei Fred!



Não pude deixar de colocar isso aqui, é uma homenagem à família da Gabi.
Ontem de noite revirei uma gaveta que passa tempos sem ser visitada. Eis que encontrei meu livro de autógrafos, sim, o livrinho que comprei na Disney em 1997. Dentro dele só tem três assinaturas, eu não sou nada tiete, mas estava lá o autógrafo do Fred. Aí lembrei que eu também tinha uma foto dele. Gabi, pra ti!

13 de agosto de 2007

sábio

O louco, o amoroso e o poeta estão recheados de imaginação.

Willian Shakespeare

12 de agosto de 2007

Parafraseando: "são tantas emoções"!

Não nem sei bem por onde começar. A sensação de estar em cima do palco do Salão de Atos é indescritível. Dizer eu prometo, mesmo parecendo demasiado artificial, sim, porque é no exercício diário que se diz “eu prometo”, é transformador.

Os últimos cinco anos passam na minha cabeça como um filme. Puxa! Minha vida seria outra sem esses anos. Como eu cresci!

Traduzir em algumas poucas palavras os sentimentos meus e de meus colegas para uma platéia de pessoas queridas foi fantástico. Subir ao púlpito, lugar de nome feio, que lembra coisas fúnebres e que não vem ao caso, é muuuuuito bom. Eu não via nada lá de cima. Pensei que os refletores tivessem me ofuscando. Mas ao final da cerimônia tive a certeza que não. A professora Paula Cundari disse que meu olho brilhava de uma forma radiante, aí cheguei à conclusão que eram os meus olhos que ofuscavam os refletores. Na verdade também não eram meus olhos, era a alegria na sua mais pura forma que transbordava por eles. Era a janela que ela precisava para sair.

O discurso do reitor me emocionou tanto quanto o da formosa paraninfa Paula. As palavras proferidas por eles me davam a sensação de estar sendo tatuada. Tatuagem não dessas que vem nos chicletes e saem com um pouco de água ou álcool. Essas palavras pareceram ser semi-definitivas, gravadas com uma agulha fina, e que a manutenção no corpo depende de cada um.

Minha família estava ótima. Minha mãe deslumbrante, meu pai radiante e o meu irmão era a pessoa mais política da festa. Como é bom quando as pessoas se orgulham de ti. Ontem eu tinha essa magnífica sensação. Passei o dia sem sentir frio ou calor, sede ou fome, meu corpo foi tomado apenas por abstrações. Uma infinidade de pequenos e grandes prazeres reunidos de uma só vez.

As pessoas mais queridas e de boa fé apareceram pra se contaminar com aquilo que me saia pelos poros. Minha família, meu vô, lindo demais. Meus tios queridos, padrinho e minhas madrinhas, a turma da FUNAI, as piranhas, meus professores amados, meus AMIGOS com letra maiúscula. Pessoas sensíveis para entender a grandeza desse rito de passagem na vida de alguém.

Chegando em casa abri os presentes li todos os cartões e mensagens. E como isso me toca. Vou guardar as mensagens de carinho numa caixa e utilizar como pílulas diárias de auto-estima, de incentivo para realizações. Sem menosprezar nenhuma delas, preciso destacar aquela que recebi do Eliandro, veio distribuída entre as páginas o Almanaque Anos 80, e quase me arrancou lágrimas.

Só posso agradecer mais uma vez essas coisas boas, as pessoas que me amam. Esses momentos ficam marcados na vida de libriana como eu. Obrigada

ps: Quarta-feira recebo algumas fotos, vou postar o link com momentos aqui.

9 de agosto de 2007

santo remédio

Guardei umas pílulas de fluoxetina pra essa semana. É possível que a minha mãe venha precisar. Também, não deve ser fácil ser mãe de uma pessoa como eu.

6 de agosto de 2007

a bela carceragem dos Flinstones


Este final de semana foi de concentração. Sexta um peixe ao molho de leite de coco feito pela Gabi, muitas garrafas de vinho e a Lapa. Dançar até ficar extasiada de cansaço, uma canja antes de dormir.

Sábado chuvoso. Joguei os compromissos pro alto à medida se acabava a bateria do meu celular. Fui adotada pela família Flinstone. A Wilma, nesse caso a mãe da Gabi, dizia que eu estava em prisão domiciliar, não era possível nem chegar na porta, porque de fato não era o Dino que habitava a garagem, e sim a dupla feroz Samanta e Morgana. Nomes meigos mas fuças nem tão afeiçoadas.

Aprendi a escolher feijão. Tive a satisfação de vê-lo cozinhar na panela de pressão e assistir um lindo balé feito pelas gotículas de água que escorriam sobre a chapa quentíssima do fogão à lenha. A dança era linda, bem mais bonita do que o Lago dos Cisnes.

Pude reler depois de muito tempo o Lar Desfeito, do Veríssimo, num livro que a Gabi pediu emprestado pra alguém e nunca mais devolveu. Quanta alegria lembrar da frase que eu dizia na peça, na verdade não era eu, era Vera, a filha mais nova. Podre, tudo podre!

Ainda sobre os livros no quarto da piranha, tenho algo sério a declarar. A Gabi pensa seriamente em matar alguém ou “alguéns”. A quantidade de livros que ensinam a matar no quarto dessa guria é espantosa. Ainda bem que eu sou amiga dela e não me passa nunca pela cabeça perder essa condição.

Dei um susto na malvada da Samanta, meu grito a deixou com medo. Hahahahahah!

Fui escravizada descascando nozes para a torta de chocolate. Vi um filme que queria ver faz tempo, O ano em que meus pais saíram de férias. Não tive condições de encarar Nem que a vaca tussa, a cama era uma rival poderosa.

As cadelas simpáticas levaram eu e a Gabi pra passear pelo bairro no domingo. Sim, elas escolhem o caminho e a velocidade. Ganhei a confiança da Morgana.

O sol apareceu e lá fomos nós pra praça com chimarrão, bergamota e bananada. Também, um ilustre visitante como o sol merece. Falamos de negócios, de futuros incertos.

Almoço, torta de chocolate, uma carona e deixei o celular sem baterias na casa Flinstone. Isso sempre me acontece. Um bom motivo pra voltar pra prisão.

Obrigada Fred, Wilma, Pedrita e Bam-Bam.

1 de agosto de 2007

Sugestões

À pedidos estou publicando uma lista das coisas que gosto e podem ser sugestões de presentes. Ninguém precisa se preocupar muito com isso, porque nem precisa de muita coisa pra me fazer feliz. O elemento surpresa é sempre bem mais legal.(a lista não tem ordem, é a ordem que foi vindo na minha cabeça).

Colar
Anel
Brincos
Bolsa
Posters da Casa do Poster
CD’s (samba de raíz, samba rock, mpb)
DVD’s (entre eles: cinema revolucionários soviético, Chico Buarque, Smallville, musicais, chaplin, contos clássicos, anos rebeldes, Madona)

Livros* (meu gosto vai de poesias até receitas passando por moda, arquitetura e comunicação, lógico. Não me importo que sejam usados) *Eduardo Galeano, comédias da vida privada, Marta Medeiros, Davi Coimbra, Drummond, Neruda
Manual ou livro do Ilustrator CS2
Dicionário de sinônimos
Sandalhas, sapatos, sapatilhas, etc (nº39)
Chinelo de lã ou pantufa com sola de borracha (que não o passa frio)
Cosméticos, creminhos e etc são sempre bem vindos
Depilador roll on
Balança de banheiro
Webcam
Travesseiro de plumas de ganso (quero mto ter)
Aromatizador de ambiente com propriedades calmantes (é mta ansiedade...)

Bicicleta
Relógio
Pijama quentinho
Abajour, luminárias e móbiles
Um secador de cabelo que tem uma escova que gira e deixa o cabelo lindo.
Porta retrato
jogos como resta um, master, imagem ação, jogo da vida, war
Blusa, moleton, bata, boné
Mural de metal

Não levem muito a sério.