13 de novembro de 2007

família ê, família ah, família



Ely - em hebraico Meu Deus ( meu deus quanta gente, nessa foto também os agregados)

Essa foto aí foi tirada ontem na festa de primeira comunhão do meu irmão. Essa cabeçada aí é a família Ely, que mesmo de origem judaica (Ely significa meu Deus em hebraico), que foi do Egito para Europa e da Alemanha pro Brasil fugida por conta da inquisição teve que se converter ao cristianismo, a religião se tornou importante para as gerações aqui no Brasil que se entende católica.

Bom, depois da breve introdução, quero dizer como foi difícil reunir esse povo, mesmo que ainda incompleto pela falta de mais alguns. Meus avôs paternos tiveram 10 filhos, dos quais somente um deles não teve filhos. Então já dá pra imaginar que é um povo, reunir todos segundo meu primo Carlos é “quando casa ou quando morre alguém” e completou dizendo “precisamos casar mais gente”.

Há uns anos atrás, antes do vô falecer a gente se reunia bem mais. Nesse domingo juntamos os primos presentes pra relembrar coisas boas, que eu sinto muita saudade e inevitavelmente não vão mais acontecer, só sobram os momentos de intensa nostalgia. Lembramos das brincadeiras nas colônias, dos passeios de carroça, da disputa que tínhamos pelo balanço preso na árvore, da represa que construímos em família no rio que passa do outro lado da rua. Demos muita risada.

Os primos e alguns filhos dos primos

Foi massa também ver o meu pai encontrando os irmão que ainda estão vivos, ouvir toda aquela gente falando alto, rindo, bebendo e no final fazendo aquelas promessas de que vão se encontrar mais e tal e coisa, o que eu duvido muito, mas também não vem ao caso, pois o momento foi massa, e valeu a pena.

Meus tios e meu pai (de azul), só faltou o tio Hedo

1 de novembro de 2007

Meu amor!

Ontem de noite, antes de dormir senti vontade de declarar o meu amor por Porto Alegre, essa cidade que me atraí irresistivelmente feito um imã. Capitais são sempre lugares onde as pessoas chegam e partem o tempo todo, é um porto, nesse caso bem Alegre.

Eu não conheço toda a cidade, mas presunçosamente sempre acho que conheço o melhor. E o melhor é passar pela Praça XV, mesmo que ela seja pisoteada por milhares de pessoas e pombos todos os dias eu não me sinto inferior por ser apenas mais um par de pés que cruza ali.

Acho muito bonita os arcos do viaduto na subidinha da Borges de Medeiros, gosto da cor avermelhada das pedras da Praça da Alfândega, que nessa época do ano pouco aparecem, pois concorrem com centenas de bancas de livros. O Gasômetro é um capítulo à parte, é a cidade despida para um pôr-do-sol que se faz genioso todos os dias num espetáculo gratuito.

Eu me rendo à Redenção, ao verde e as pessoas que passam, que ficam, que chimarreiam religiosamente. À feira orgânica de todo santo sábado, ao brick, a quantidade absurda de cachorros, palhaços, pipoqueiros e crianças por metro quadrado. Pobre do Escaler decadente da minha adolescência.

Passeio pela minha e por outras histórias ao longo dos brechós da João Pessoa, e é aí onde a cidade se veste de fantasia, onde se pode mobiliar tudo.

Eu gosto de Porto Alegre e das coisas que vivi e já sinto saudades, como conhecer as entranhas da zona sul de bicicleta, de pegar o Coabh ou o Juca Batista e ficar conversando com a Titi por quarenta minutos, ou de pegar qualquer ônibus que vai pela Protásio e descer na casa do Márcio.

É bom lembrar os copos de cerveja e petisco saboreados ao longo da Lima e Silva, aquele desfile de forças políticas pelas calçadas daquela rua, as decisões de vida tomadas numa mesa de bar.

Porto Alegre me traz a liberdade que antes eu sentia que só o Rio de Janeiro podia oferecer, o Rio não foi rebaixado, mas Porto Alegre pra mim foi promovida. Eu amo! Me aguarde!