11 de setembro de 2007

Vidinha mais ou menos

Nessa minha fase de vida mansa, que inclui alguns títulos e novas vontades como, por exemplo, sair toda sexta-feira independente de tempo ruim (chuva e frio), gastar menos em produtos e mais em “serviços”, resolvi investir no feriadinho “out” do circuito. Destino patriótico, celebrar a beleza da vizinha Santa Catarina, que na verdade nem é tão santa assim, mas é tomada de verde, amarelo e azul. Um azul que se mistura ao verde infinito e que fica sob sol amarelado do inverno que anda exigindo despedida. Comecei na quinta, o Kiki me levou pra Jurerê. A desculpa era a praia, mas pra falar a verdade escolhemos o lugar em que seremos vizinhos de veraneio daqui há poucos anos. Depois comemos ostra ao bafo, bah, uma vidinha difícil assim... em plena quinta-feira. Ainda sujos de areia fomos até a UFSC, me senti muito bem ao ver que tinha iguais por lá. Essa universidade ainda me acena um convite de vida nova, mesmo que temporária e sem tantas horas de balada. Antes da piranha Gabi chegar na área eu e o Kiki garantimos a presença da cota negra do nosso feriadão. Pilhamos o Gonzalo, que dizia estar com num pé que era um leque, pra ir pra ilha e ainda levar a negra Alê. Tudo certo, a vacilona que perdeu o time das passagens e que ia passar o findi arrumando os armários teve que bagunçar tudo às pressas, pois a única coisa que ela tinha que arrumar eram as malas.

Fomos pra um bar chamado Mexicano. Som de primeiríssima, forçamos uma dança apertada entre as cadeiras, até porque não sei como as pessoas podem ouvir uma música animada sentado na cadeira. Pra variar tivemos que contrariar, e deixar bem claro que não somos nativos (o que seria uma ofensa). Mal jogados sobre os lençóis acordamos com o Gonzalo e a Alê. Turano em peso agora! Ai meu deus, que perigo!

Lá pelas 10 horas era quase óbvio que eu era a pessoa mais disposta, embora a gente tivesse um problema grave pra resolver: pra que praia vamos ir???! (olha só o lado bom de quem vai pra Tramanda Beach, nunca tem esse tipo de problema..rsrsrs).

Destino escolhido: Joaquina. Bom, logo dava pra ver que a gente ia ter que convencer o garçom do bar “uhuu” (sim, esse era o nome do bar), de que a gente bebe mais rápido do que qualquer Catarina podia nos atender. Aleluia nos providenciaram um garçom gaudério, daí tudo correu bem.

Bom, a negona era doméstica, mas como somos chiques o suficiente levamos pra praia uma piranha versátil, que nas horas vagas ataca de chefe de cozinha. Sem encontrar peixaria no nosso caminho na volta da Joaca, a chefa teve idéia de fazer comida árabe. Kibe, tabule, pão sírio, mas o melhor mesmo é tinham nativos árabes com a gente. Repara só!


Confusão depois das 20 horas estabelecemos que é uma coisa positiva. Fomos pra confusão, não exatamente nessa hora, mas fomos. Dunas é o lugar. Montado numa duna, lógico, rola um samba massa demais. Tem um cara que canta igualzinho ao Zeca Pagodinho e uma mulher que tem a voz (solamente a voz) da Ivete Sangalo. No barraco tinha um povo da UJS também, um falso italiano e umas velas acesas. Dançamos muito, mas não tudo o que gostaríamos, afinal a balada acaba cedo demais, ascendem as luzes na cara de pau e começam a varrer o chão. Por uns instantes nos perdemos, a Gabi foi num outro bar achando que agente também tava indo, eu quase perco a carona, da próxima vou ter que aprender uns golpes marciais pra me livrar mais rápido de algumas situações.

Day after! Matadeiro! Prainha que fica meio isolada, só dá pra ir caminhando por uma pequena trilha que sai do Campeche. Não é de hoje que me amarro em visitar sebos e comprar coisas usadas, pois não é que tinha um sebo nesse caminho, assim, na beira do mar. Era um sebo bem modesto, mas não importa muito porque a vista do balconista é muito mais legal do que a do comprador. Na banquinha tinha um velho, que nos chegamos a conclusão que era o Gepetto, aquele da história do Pinóquio, só que agora um pouco mais magro. O vovô pintava um quadro com lápis de cor, e ao seu lado cuia e bomba de chimarrão. Aquela cena era de outro mundo. Enquanto isso longe da sala da justiça nós andávamos carregados com isopor, latas e picadinho.


A noite foi mais tranqüila, camarão, mariscos e peixe. Demos uma banda até a baia de um camarada muito gente fina que eu não via faz muito tempo, o Olimpio. Depois seguimos no choro e no samba.

Decidi por mal não acordar ninguém, não que eu não quisesse, mas acordei indisposta e só melhorei quando chegamos no Campeche. Foi o dia mais quente.

Acertamos tudo dentro do carro e a pedidos levamos sanduíches pra mostrar como eram pra atendente de um restaurante que a Ale e o Gonzalo foram vítimas no caminho.
Bom, tem algumas coisas que decidimos juntos nesse final de semana, mas elas estão fora de ordem, então deixei pro final mesmo.

Segue a lição:

  • Termo novo: Hot Pocket – é literalmente lanche rápido e prático. Já vem pronto pra comer, só precisa aquecer.

Cetano Veloso fez uma música pra Gabi, pra Alê e pra mim.

A Alê é muita tese. A neguinha decidiu que devia ter virado sexológada, de hora em hora era uma tese. Ah, principalmente dentro do carro. Algum editor bem atento poderia ter pegado as pérolas.

Existem pessoas que odeiam uma vida mansa, e se não odeiam morrem de inveja. Eu, o Gonzalo e o Kiki adoramos!

O Kiki ta se passando em Floripa. Temos que tirar ele uns dias de lá. Há indícios de que ele anda convivendo demais com aquele povo.Tá vendo placa até onde não tem.

Eu da próxima vez tenho aprender alguns golpes marciais.

Não nos deixemos enganar por falsos italianos.

Nunca espere por homens catarinas.

A Gabi e o Gonzalo deixaram pertences na casa pra ter um motivo pra voltar...rsrsrsrs

Fechem os supermercado 24 horas em Porto Alegre, o Gonzalo curte muito fazer compras às 5 da manhã.

Matador...matador..matador!!!

4 comentários:

Gabriele Gottlieb disse...

Por mais contemplada que me sinta com o texto da "lora" cabem alguns comentários, acrescentando lições sobre o feriado:
- A mulher é muito disposta demanhã... olha que tenho muuuuuuuuuita disposição... mas a mulé se puxa!!! É um tal de "vamo acorda" e "montinho na Gabi (ou Ale, ou Kiki ou Gonzalo) que ninguém merece!
- Comprar sempre 2 caixas de isopor... afinal esse povo bebe demais
- Repetir os pedidos para atendentes catarinas... acho que eles naum entendem na primeira vez e tu corre o risco de ainda ouvir "ô gaucha stressada" depois de 30 min aguardando uma ceva
- Devemos organizar nossa própria festa da próxma vez... já que em Floripa a festa mal comoçou e ja termina
- O homem ideal é órfão... afinal só assim você não corre o risco de dizer bom dia pra família
- Ganhará muito dinheiro quem desenvolver o homem ideal: aquele que depois do lance vira uma pizza e uma caixa de cerveja
- De fato não devemos acreditar nos falsos italianos... corremos o risco de serem filiados a "Arena"
- Salvemos o Kiki... ele tá quase "mané"
- A Cris queria muito ir de carro pra praia pra dormir mais espalhada: na volta dormiu feito uma criança enquanto eu e o gonzalo nos mantinhamos acordados com chimas e sambas
- O "ligadão" acorda mesmo... só assim consegui trabalhar na segunda.
- A "lora" esqueceu a principal parte do feriado: "VOU", "NÃO VOU", "CAMARÃO".... rsrsrsrsrsrssr
to pra dizer que com esse povo "eu vou"
- E a pergunta do feriado: o que é camarão???
Segundo nossa nega sexologa, escrava, arrumadeira e pinguça nas horas vagas: são aquelas mulheres que ficam torrando no sol.
Gonzalo diz que camarão é o seguinte "arranca a cabeça e come"!

compro e vendo vale disse...

Ó dias cansativos...
Quem pode ser feliz
quando às oito e um triz
passa um terremoto?

mas o pior não é isso,
é a demais preocupação.

a mesma alemoa querendo
saber a praia do dia
a nega branca dizendo
qual o prato que fazia
e a coisa-preta querida
perguntando da bebida

eu e o alemão só na boa
entre gelada e camarão
mas que estresse no inverno
só quero ver no verão.

Anônimo disse...

bah cris mto bom a descrição do nosso feriado...
mais uma correção: a trilha para matadeiro sai da praia de armação... campeche é bem longe dali...

Mais o que falar da parada gay que fechou a beira-mar norte... fazendo o transito dos turista que foram passar o feriado na ilha, congestionar todo o centro... uma volta na quadra demorar 20 min...

outra lição é combinar melhor o ponto de encontro quando se vai ao supermercado...

ah gonzalo ficamos emocionados no feriado com sua infância triste e para o próximo feriado estamos bolando algum tipo de competição que tu possa participar e ser o primeiro...

para o proximo encontro devemos providenciar as placas: vô! num vô! Camarão! Cerveja!

resumindo "este feriado foi legal pra caramba"

Anônimo disse...

cris e seus relatos emocionados... mais uma vez, lendo deu vontade de estar por perto.
besos lôra