18 de fevereiro de 2011

batom vermelho



Podia andar de bege e de cara lavada, mas já havia se levantado, de um jeito tímido, afinal, as mudanças por dentro acontecem devagar. Bebia água todas as manhãs e depositava ali uma esperança em dias melhores. Voltou a olhar pro sol, de óculos escuros apenas, mas já podia agradecer o seu brilho e calor.
O fato é que aquilo que a revirava por dentro lhe dera coragem de pôr um batom vermelho. Era um sinal. Estava se sentindo bem viva.

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