6 de agosto de 2007

a bela carceragem dos Flinstones


Este final de semana foi de concentração. Sexta um peixe ao molho de leite de coco feito pela Gabi, muitas garrafas de vinho e a Lapa. Dançar até ficar extasiada de cansaço, uma canja antes de dormir.

Sábado chuvoso. Joguei os compromissos pro alto à medida se acabava a bateria do meu celular. Fui adotada pela família Flinstone. A Wilma, nesse caso a mãe da Gabi, dizia que eu estava em prisão domiciliar, não era possível nem chegar na porta, porque de fato não era o Dino que habitava a garagem, e sim a dupla feroz Samanta e Morgana. Nomes meigos mas fuças nem tão afeiçoadas.

Aprendi a escolher feijão. Tive a satisfação de vê-lo cozinhar na panela de pressão e assistir um lindo balé feito pelas gotículas de água que escorriam sobre a chapa quentíssima do fogão à lenha. A dança era linda, bem mais bonita do que o Lago dos Cisnes.

Pude reler depois de muito tempo o Lar Desfeito, do Veríssimo, num livro que a Gabi pediu emprestado pra alguém e nunca mais devolveu. Quanta alegria lembrar da frase que eu dizia na peça, na verdade não era eu, era Vera, a filha mais nova. Podre, tudo podre!

Ainda sobre os livros no quarto da piranha, tenho algo sério a declarar. A Gabi pensa seriamente em matar alguém ou “alguéns”. A quantidade de livros que ensinam a matar no quarto dessa guria é espantosa. Ainda bem que eu sou amiga dela e não me passa nunca pela cabeça perder essa condição.

Dei um susto na malvada da Samanta, meu grito a deixou com medo. Hahahahahah!

Fui escravizada descascando nozes para a torta de chocolate. Vi um filme que queria ver faz tempo, O ano em que meus pais saíram de férias. Não tive condições de encarar Nem que a vaca tussa, a cama era uma rival poderosa.

As cadelas simpáticas levaram eu e a Gabi pra passear pelo bairro no domingo. Sim, elas escolhem o caminho e a velocidade. Ganhei a confiança da Morgana.

O sol apareceu e lá fomos nós pra praça com chimarrão, bergamota e bananada. Também, um ilustre visitante como o sol merece. Falamos de negócios, de futuros incertos.

Almoço, torta de chocolate, uma carona e deixei o celular sem baterias na casa Flinstone. Isso sempre me acontece. Um bom motivo pra voltar pra prisão.

Obrigada Fred, Wilma, Pedrita e Bam-Bam.

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