
23 de dezembro de 2007
22 de dezembro de 2007
Montevideo sabor dulce de leche
Pessoas lindas, homens e mulheres que carregam consigo térmica e cuia em baixo do braço como se fosse uma espécie de religião tomar mate, todos educados, baixíssimo índice de pobreza, até tem pobres, mas não miseráveis como costumamos ver aqui.
Tivemos a honra de participar de uma comemoração histórica para àquele povo, que depois de 20 anos conseguiu derrubar a lei de proteção ao ex ditador Gregoria Alvarez, que governou o país na primeira metade da década de 80 e violou os direitos humanos.
A capital uruguaia além de um calçadão rosado que costeia o rio, tem as calçadas das ruas tomadas por plátanos que formam arcos em cima das ruas. Comi o melhor sorvete (helado) da minha vida, as melhores panquecas de dulce de leche, aliás, a cidade me pareceu doce como um dulce de leche.
Quero muito voltar ao Uruguai, ver as vacas cor de caramelo, os homens bonitos, uma pena a gente não ter levado máquina fotográfica.
A vida é um sopro

11 de dezembro de 2007
David, Davidzinho, escreva mais para os leitorinhos
Estou desapontada com o David, antes visitava o blog dele no mínimo 3 vezes e todas essa vezes encontrava um post novo. Não sei o que deu nele, talvez tagarelar no pretinho básico tome as energias que ele tem pra escrever, sei lá.
Já aviso que o David cria dependência aos "leitorinhos" dele, se não pretende dedicar alguns minutos do dia pra lê-lo nem vá conhecer. O cara esse, é a-pai-xo-nan-te, desses que passando do teu lado na Rua da Praia, no Praia de Belas, ou na praia de Tramandaí tu nem nota, mas na frente de um teclado...hummm... esse homem vira um deus, um Rodrigo Santoro, um Paulo Zulu, um Brad Pitt.
Pra quem ainda não foi ler as coisas que o David escreve, vá lá, mesmo em doses homeopáticas tem o cotidiano contado de forma brilhante.
13 de novembro de 2007
família ê, família ah, família

Bom, depois da breve introdução, quero dizer como foi difícil reunir esse povo, mesmo que ainda incompleto pela falta de mais alguns. Meus avôs paternos tiveram 10 filhos, dos quais somente um deles não teve filhos. Então já dá pra imaginar que é um povo, reunir todos segundo meu primo Carlos é “quando casa ou quando morre alguém” e completou dizendo “precisamos casar mais gente”.
Há uns anos atrás, antes do vô falecer a gente se reunia bem mais. Nesse domingo juntamos os primos presentes pra relembrar coisas boas, que eu sinto muita saudade e inevitavelmente não vão mais acontecer, só sobram os momentos de intensa nostalgia. Lembramos das brincadeiras nas colônias, dos passeios de carroça, da disputa que tínhamos pelo balanço preso na árvore, da represa que construímos em família no rio que passa do outro lado da rua. Demos muita risada.
Os primos e alguns filhos dos primos
Foi massa também ver o meu pai encontrando os irmão que ainda estão vivos, ouvir toda aquela gente falando alto, rindo, bebendo e no final fazendo aquelas promessas de que vão se encontrar mais e tal e coisa, o que eu duvido muito, mas também não vem ao caso, pois o momento foi massa, e valeu a pena.
1 de novembro de 2007
Meu amor!
Ontem de noite, antes de dormir senti vontade de declarar o meu amor por Porto Alegre, essa cidade que me atraí irresistivelmente feito um imã. Capitais são sempre lugares onde as pessoas chegam e partem o tempo todo, é um porto, nesse caso bem Alegre.
Eu não conheço toda a cidade, mas presunçosamente sempre acho que conheço o melhor. E o melhor é passar pela Praça XV, mesmo que ela seja pisoteada por milhares de pessoas e pombos todos os dias eu não me sinto inferior por ser apenas mais um par de pés que cruza ali.
Acho muito bonita os arcos do viaduto na subidinha da Borges de Medeiros, gosto da cor avermelhada das pedras da Praça da Alfândega, que nessa época do ano pouco aparecem, pois concorrem com centenas de bancas de livros. O Gasômetro é um capítulo à parte, é a cidade despida para um pôr-do-sol que se faz genioso todos os dias num espetáculo gratuito.
Eu me rendo à Redenção, ao verde e as pessoas que passam, que ficam, que chimarreiam religiosamente. À feira orgânica de todo santo sábado, ao brick, a quantidade absurda de cachorros, palhaços, pipoqueiros e crianças por metro quadrado. Pobre do Escaler decadente da minha adolescência.
Passeio pela minha e por outras histórias ao longo dos brechós da João Pessoa, e é aí onde a cidade se veste de fantasia, onde se pode mobiliar tudo.
Eu gosto de Porto Alegre e das coisas que vivi e já sinto saudades, como conhecer as entranhas da zona sul de bicicleta, de pegar o Coabh ou o Juca Batista e ficar conversando com a Titi por quarenta minutos, ou de pegar qualquer ônibus que vai pela Protásio e descer na casa do Márcio.
É bom lembrar os copos de cerveja e petisco saboreados ao longo da Lima e Silva, aquele desfile de forças políticas pelas calçadas daquela rua, as decisões de vida tomadas numa mesa de bar.
Porto Alegre me traz a liberdade que antes eu sentia que só o Rio de Janeiro podia oferecer, o Rio não foi rebaixado, mas Porto Alegre pra mim foi promovida. Eu amo! Me aguarde!
30 de outubro de 2007
22 de outubro de 2007
Preguiça
O que move a Humanidade
Existem muitas teorias sobre o que fez o Homem dominar o planeta e construir civilizações - enquanto o joão-de-barro, por exemplo, só consegue construir conjugados - e levar grandes mulheres para a cama - enquanto o máximo que um gorila conseguiu foi segurar a mão da Sigourney Weaver. Dizem que o cavalo é mais bonito do que o Homem e que a barata é mais resistente, mas não há notícia de uma fuga a três vozes composta por um cavalo ou uma liga de aço inventada por uma barata. Tudo se deveria ao fato de uma linhagem particular de macacos ter desenvolvido o dedão opositor, com o qual conseguiu descascar uma banana e segurar um tacape, as condições primordiais para dominar o mundo. A vaidade, outra característica exclusivamente humana (o pavão também é vaidoso, mas não gasta uma fortuna com as penas dos outros para fazer sua cauda), também teria contribuído para que o Homem prevalecesse, pois de nada lhe adiantariam suas façanhas com o polegar, e com as mulheres, se não pudesse contar depois. Daí nasceu a linguagem, e com ela a mentira, e o Homem estava feito.
Mas eu acho que a verdadeira força motriz do desenvolvimento humano, a razão da superioridade e do sucesso do Homem, foi a preguiça. Com a possível exceção da própria preguiça, nenhum outro animal é tão preguiçoso quanto o Homem. O desenvolvimento do dedão opositor nasceu da preguiça de combinar dentes e garras para comer e ainda ter que limpar os farelos do peito depois. A linguagem é fruto da preguiça de roncar, grunhir, pular e bater no peito para se comunicar com os outros e, mesmo, ninguém agüentava mais mímica. A técnica é fruto da preguiça. O que são o estilingue, a flecha e a lança senão maneiras de não precisar ir lá e esgoelar a caça ou um semelhante com as mãos, arriscando-se a levar a pior e perder a viagem? No que estaria pensando o inventor da roda senão no eventual desenvolvimento da charrete, que, atrelada a um animal menos preguiçoso do que ele, o levaria a toda parte sem que ele precisasse correr ou caminhar? Dizem que a agressividade e o gosto pela guerra determinaram o avanço científico da humanidade e se é verdade que a maioria das invenções modernas nasceu da necessidade militar, também é verdade que o objetivo de cada nova arma era o de diminuir o esforço necessário para matar os outros. O produto supremo da ciência militar, o foguete intercontinental com ogivas nucleares múltiplas, é uma obra-prima da preguiça aplicada: apertando-se um único botão se matam milhões de outros sem sair da poltrona. Uma combinação perfeita do instinto assassino e do comodismo. A apoteose do dedão.
Toda a história das telecomunicações, desde os tambores tribais e seus códigos primitivos até os sinais de TV e a internet, se deve ao desejo humano de enviar a mensagem em vez de ir entregá-la pessoalmente ou mandar um guri resmungão. A fome de riqueza e poder do Homem não passa da vontade de poder mandar outros fazerem o que ele tem preguiça de fazer, seja trazer os seus chinelos ou construir as suas pirâmides. A química moderna é filha da alquimia, que era a tentativa de ter o ouro sem ter que procurá-lo ou trabalhar para merecê-lo. A física e a filosofia são produtos da contemplação, que é um subproduto da indolência e uma alternativa para a sesta. A grande arte também se deve à preguiça. Não por acaso, a que é considerada a maior realização da melhor época da arte ocidental, o teto da Capela Sistina, foi feita pelo Michelangelo deitado. Proust escreveu o Em Busca do Tempo Perdido deitado. Vá lá, recostado. As duas maiores invenções contemporâneas, depois do antibiótico e do microchip, que são a escada rolante e o manobrista, devem sua existência à preguiça. E não vamos nem falar no controle remoto.
(Se você não desistiu na segunda linha e leu até aqui, é porque não tem preguiça. Conheço o seu tipo. É gente como você que causa os problemas do mundo. São vocês que descobrem quando o autor está com preguiça e reaproveita um texto antigo. E isso não é humano!)
17 de outubro de 2007
Essa semana ganhei o posto de babá. Todo ano meus pais passam 8 dias fora, de férias. Nos outros anos, em função de eu trabalhar fora minha tia ficava aqui em casa, mas desta vez tive que assumir a responsabilidade pelo meu irmão, um guri de 11 anos muito difícil de domar, além da Pandora e do Baltazar.
O fato de ficar a semana infurnada em casa já é algo que me deprime. Hoje até foi menos pior, porque fui nadar cedo: às 7:15! Motivo de comentários explícitos lá na piscina
– O primeiro horário e ainda adiantada!
Mal sabiam que eu acordei às 6h por causa do colégio do Gabi.
Fazer almoço, lembrar de colocar o lixo pra rua, de observar se todas as portas e janelas estão fechadas, bom, tudo isso até é tranqüilo, o que não ta dando pra agüentar é o Baltazar e a Pandora visivelmente deprimidos.
A Pandora ta passando boa parte do dia dormindo, com um olhar desconsolável, anda latindo bem menos, e isso que dou comida religiosamente 3 vezes ao dia. Nos finais de semana quando meus pais não estão ela em protesto só come quando eles voltam, dessa vez o tempo é maior, então não dá pra ela fazer isso, porém a cara triste me atinge violentamente.
Já o sr. Baltazar cantou pouco, quase nada. O som que mais emitiu foi a imitação do toque do telefone, sim, ele faz igualzinho, meu primo chegou a comentar que não sabe quem atender primeiro, o Balta ou o telefone. Fui até ele assobiar um pouco, pra estimulá-lo, consegui arrancar alguns minutos de som, o hino do Grêmio. Já me fez feliz.
Me impressiona a sensibilidade dos bichos, a saudade que sentem da gente, o espírito familiar. Bom...sei lá, só um desabafo que não consegui deter...
9 de outubro de 2007
40 anos sem Che

4 de outubro de 2007
Desobediência civil
Sábado fui na atividade sobre Cultura Livre. Bah, foi super bom, aprendi um monte de coisas. Um dos pontos que me chamou mais atenção foi o termo “desobediência civil”, usado para falar do comportamento das pessoas em comprar CDs e DVDs pirata. Refleti um pouco, e acho que não só é um desacato, um protesto desorganizado, mas uma lógica simples: pra que pagar caro se posso conseguir a mesma coisas por preço bem menor?!
Esse é um longo debate, e aí entra a Cultura Livre, o Creative Commons, a idéia de seja criativo, crie algo a partir do que já existe, acabe com os intermediários...são muitas as coisas que ouvi por lá e que preciso me aprofundar mais.
No domingo fui à Feira do Livro de Novo Hamburgo, após uma tarde agradável com amigos e chimarrão fui conferir o preço dos livros, tudo um absurdo de tão caro. Eu aguardo faz algum tempo pra me dar de presente as “Comédias das Vida Privada”, fui olhar o preço na feira, e “O melhor das Comédias da Vida Privada”, ou seja, o melhor que é apenas o resumo, estava por nada mais nada menos do que R$ 37,00. Sem condições! Acabei comprando um livro de bolso, pois era o que cabia no meu bolso ($).
Saí da feira profundamente decepcionada, pois embora as bancas apresentem livros para todos os gostos como anuncia a manchete do jornal de hoje, poucos livros sairão da feira e ganharão vida na imaginação das pessoas. Será que o os altos preços querem conservar o direito à cultura, o conhecimento, o entretenimento para uns poucos?
26 de setembro de 2007
Cultura livre
A cultura, o controle e o acesso: o novo paradigma da sociedade da informação
O debate sobre cultura tem tomado cada vez mais importância na medida que os elementos de identidade e de conhecimento tem estado cada vez mais na pauta da mídia, dos programas de inclusão social e nos discursos políticos. Mais pertinente ainda, é a discussão do controle e o acesso aos bens culturais em um momento em que uma grande rede alternativa de distribuição tem se estabelecido na periferia dos modelos centralizadores de profusão de cultura.
Através da internet, é possível baixar filmes, músicas, fotos, etc., uma nova esfera interpessoal se estabelece e se fortalece na medida que as pessoas ficam mais perto dos autores, dos produtores culturais. Para além do virtual, uma outra rede, constituída de camelôs, copiadores e vendedores informais encontram uma forma de sustentabilidade.
Porém, a indústria cultural ainda impõe um modelo ultrapassado de produção cultural. A chamada indústria do copyright alega que quanto mais se “pirateia” menos ganham artistas e colaboradores. Para um “melhor” controle da cultura, são criadas novas tecnologias, como gerenciadores de direito autoral (DRM), códigos anti-cópias e endurecimento das leis que punem a cópia de Cds, DVDs, etc. Mesmo assim, a diversidade e o fomento para novos artistas parece não passar pelos caminhos tradicionais desta grande indústria.
Nesse sentido é que a Associação Software Livre.org promove um seminário para debater a chamada “Cultura Livre”, o novo paradigma da cultura na sociedade da informação, no próximo dia 29 de setembro. A ASL, que promove anualmente o Fórum Internacional de Software Livre, quer mobilizar a classe artística para que ocupe espaço dentro do Fisl e que faça dele um espaço de debates sobre as novas formas de distribuição cultural.
A Cultura Livre, idealizada pelo norte-americano Lawrence Lessig através de licenças alternativas ao copyright, se baseou no espírito das comunidades de software livre. Ou seja, o conhecimento tem que ser acessível, circulante, e as leis e a tecnologia tem de facilitar essa troca, não impedi-la.
A primeira vista, há muitos questionamentos: como fica a questão da sustentabilidade, da autoria, dos direitos e deveres do artista? É através deste seminário que estas questões serão levantadas e debatidas entre os participantes. “A intenção é desconstruir a idéia que é necessário grandes corporações para a profusão da cultura”, afirma Fabricio Solagna, um dos facilitadores do evento.
Serão efetuados pequenas palestras de 30 minutos, além de exibição de vídeos do projeto Creative Commons, que fundamenta o conceito de Cultura Livre. Também será exibido um filme chamado "Good copy, bad copy".
O evento será realizado na Casa dos Bancários, na rua General Câmara, 424 – Centro – Porto Alegre-RS. Fone/Fax: (51) 3433 1200. A entrada é livre. Confira a programação:
Programação
16h- Cultura: Acesso, difusão e liberdade. O novo paradigma da sociedade da informação.
Palestrantes: Cultura Livre (Lucas Alberto), Software Livre (Fabrício Solagna)
16h45min – Mostra de vídeos disponíveis em Creative Commons
Cultura do Remix e Seja Criativo
17h30min – As redes de colaboração: a linguagem da nova teia cultural
Workshop demonstrando sites Overmundo, Estúdio Livre e Wikipedia.
Facilitadores:
Overmundo (Alê Barreto da Independência)
Estúdio Livre e Wikipedia (Felipe Santos)
18h30min – Mostra de vídeos disponíveis e Creative Commons
Trechos do filme: “Good copy, bad copy”
SERVIÇO
O que é: Seminário Sobre Cultura Livre (produção e distribuição cultural na era da internet)
Onde: Casa dos Bancários, na rua General Câmara, 424 – Centro – Porto Alegre-RS.
Fone/Fax: (51) 3433 1200
Quando: 29 de setembro de 2006
Horário: 16h
Entrada: livre
Informações: (51) 3228-0181
23 de setembro de 2007
No sábado, não ontem, o anterior, fui ao ciclo de debates Mundo Virtual que a Feevale está promovendo na sala PF Gastal, na Usina do Gasômetro. Ando com necessidade de conhecer mais sobre isso. Adorei algumas coisas, em especial o relato da professora de letras Rosemari, ela iniciou em 1996 um trabalho de aprendizado da língua com os alunos através de uma sala de bate papo na internet, criada por encomenda dela. Nessa sala os alunos criavam um Avatar descritivo e conversavam com os colegas livremente ou com pautas sugeridas. Em 40 minutos ela conseguiu imprimir 90 páginas de conversa! Coisa que certamente não se faz os alunos escreverem em uma aula normal. Além disso ela também levantou algumas pesquisas sobre o ensino a distância, fez uma crítica aqueles que compreendem essa modalidade como um simples espaço onde são disponibilizados textos para que os estudantes baixem num site.
As jovens doutoras Paula Jung e Sandra Montardo falaram de outras coisas como blogs e Second Life, a diferença e a distância entre o real e o virtual. Confesso que isso foi estimulante para eu decidir me aventurar no Second Life. Construí meu Avatar essa semana, é uma experiência meio maluca. Tu tem a chance moldar o que eu chamei de “bonequinho”, dá pra viajar legal, mudar a cor da pele, dos olhos, ter mais ou menos cabelo, mais ou menos bunda, coisas que eu sempre sonhei que os jogos de vídeo game deveriam ter. Na verdade tenho esse sonho desde que eu tinha e jogava os jogos do Atari.
Esse é o meu Avartar, se chama Cris também.
No primeiro dia fiquei insatisfeita com as roupas disponíveis, mas também, fazer o quê se eu não tinha nenhum “linden”, que é do dinheiro do SL para poder ter mais opções. Andei por vários lugares, fui na festa do Cais do Porto, que estava tomada por patrocínios da Ipanema FM, depois fui pra festa do Metrô São Pedro, lá ganhei uns comandos que ensinam a dançar, achei tri massa...rsrsrs. Dei uma volta na Ilha de Búzios, depois no SENAC, que montou uma puta escola dentro do SL, acabei descobrindo que se pode trabalhar no SENAC por 10 minutos lavando chão ou vidros e ganhar 2 lindens. Mas eu não trabalhei, porque isso eu já faço na vida real né. Ah, tem a opção de ficar 15 minutos sentado num banco de praça pra também ganhar 2 lindes. Eu não fiquei sentada.
Nessas andanças acabei fazendo amizade com um cara que já está no SL há 7 meses, ele me deu umas dicas e me levou em 3 lugares pra comprar roupas de graça, até que foi “diver” como diz a Jeh.
O que mais mexeu comigo, ludicamente falando, é a possibilidade de se tele-trasnportar pra qualquer lugar. Eu sempre desejei que isso existisse no mundo de carne e osso, e tenho certeza que não sou só eu que desejo isso. No SL dá pra brincar a vontade de se tele-trasnportar. Também tema opção de oferecer teleporte aos amigos, tipo, estou em uma festa e quero convidar um amigo pra ir pra lá. Massa demais.
A única coisa é que ainda não entendo é como ter sentimentos por lá, sei que tem pessoas com relacionamentos sólidos, namoram e até casam no SL, mas isso não dá pra mim, definitivamente, até pode ser divertido, mas eu não troco a carne e o osso.
17 de setembro de 2007
11 de setembro de 2007
Vidinha mais ou menos
Fomos pra um bar chamado Mexicano. Som de primeiríssima, forçamos uma dança apertada entre as cadeiras, até porque não sei como as pessoas podem ouvir uma música animada sentado na cadeira. Pra variar tivemos que contrariar, e deixar bem claro que não somos nativos (o que seria uma ofensa). Mal jogados sobre os lençóis acordamos com o Gonzalo e a Alê. Turano em peso agora! Ai meu deus, que perigo!
Lá pelas 10 horas era quase óbvio que eu era a pessoa mais disposta, embora a gente tivesse um problema grave pra resolver: pra que praia vamos ir???! (olha só o lado bom de quem vai pra Tramanda Beach, nunca tem esse tipo de problema..rsrsrs).
Destino escolhido: Joaquina. Bom, logo dava pra ver que a gente ia ter que convencer o garçom do bar “uhuu” (sim, esse era o nome do bar), de que a gente bebe mais rápido do que qualquer Catarina podia nos atender. Aleluia nos providenciaram um garçom gaudério, daí tudo correu bem.
Bom, a negona era doméstica, mas como somos chiques o suficiente levamos pra praia uma piranha versátil, que nas horas vagas ataca de chefe de cozinha. Sem encontrar peixaria no nosso caminho na volta da Joaca, a chefa teve idéia de fazer comida árabe. Kibe, tabule, pão sírio, mas o melhor mesmo é tinham nativos árabes com a gente. Repara só!
Confusão depois das 20 horas estabelecemos que é uma coisa positiva. Fomos pra confusão, não exatamente nessa hora, mas fomos. Dunas é o lugar. Montado numa duna, lógico, rola um samba massa demais. Tem um cara que canta igualzinho ao Zeca Pagodinho e uma mulher que tem a voz (solamente a voz) da Ivete Sangalo. No barraco tinha um povo da UJS também, um falso italiano e umas velas acesas. Dançamos muito, mas não tudo o que gostaríamos, afinal a balada acaba cedo demais, ascendem as luzes na cara de pau e começam a varrer o chão. Por uns instantes nos perdemos, a Gabi foi num outro bar achando que agente também tava indo, eu quase perco a carona, da próxima vou ter que aprender uns golpes marciais pra me livrar mais rápido de algumas situações.
Day after! Matadeiro! Prainha que fica meio isolada, só dá pra ir caminhando por uma pequena trilha que sai do Campeche. Não é de hoje que me amarro em visitar sebos e comprar coisas usadas, pois não é que tinha um sebo nesse caminho, assim, na beira do mar. Era um sebo bem modesto, mas não importa muito porque a vista do balconista é muito mais legal do que a do comprador. Na banquinha tinha um velho, que nos chegamos a conclusão que era o Gepetto, aquele da história do Pinóquio, só que agora um pouco mais magro. O vovô pintava um quadro com lápis de cor, e ao seu lado cuia e bomba de chimarrão. Aquela cena era de outro mundo. Enquanto isso longe da sala da justiça nós andávamos carregados com isopor, latas e picadinho.
A noite foi mais tranqüila, camarão, mariscos e peixe. Demos uma banda até a baia de um camarada muito gente fina que eu não via faz muito tempo, o Olimpio. Depois seguimos no choro e no samba.
Decidi por mal não acordar ninguém, não que eu não quisesse, mas acordei indisposta e só melhorei quando chegamos no Campeche. Foi o dia mais quente.
Acertamos tudo dentro do carro e a pedidos levamos sanduíches pra mostrar como eram pra atendente de um restaurante que a Ale e o Gonzalo foram vítimas no caminho.
Bom, tem algumas coisas que decidimos juntos nesse final de semana, mas elas estão fora de ordem, então deixei pro final mesmo.
Segue a lição:
- Termo novo: Hot Pocket – é literalmente lanche rápido e prático. Já vem pronto pra comer, só precisa aquecer.
Cetano Veloso fez uma música pra Gabi, pra Alê e pra mim.
A Alê é muita tese. A neguinha decidiu que devia ter virado sexológada, de hora em hora era uma tese. Ah, principalmente dentro do carro. Algum editor bem atento poderia ter pegado as pérolas.
Existem pessoas que odeiam uma vida mansa, e se não odeiam morrem de inveja. Eu, o Gonzalo e o Kiki adoramos!
O Kiki ta se passando em Floripa. Temos que tirar ele uns dias de lá. Há indícios de que ele anda convivendo demais com aquele povo.Tá vendo placa até onde não tem.
Eu da próxima vez tenho aprender alguns golpes marciais.
Não nos deixemos enganar por falsos italianos.
Nunca espere por homens catarinas.
A Gabi e o Gonzalo deixaram pertences na casa pra ter um motivo pra voltar...rsrsrsrs
Fechem os supermercado 24 horas em Porto Alegre, o Gonzalo curte muito fazer compras às 5 da manhã.
Matador...matador..matador!!!
3 de setembro de 2007
é primavera
O perfume das flores da acácia, hummm, que sensação fantástica. As azaléias cor de rosa e brancas florescendo aos cachos, uma coisa linda de ver.
Por causa do trabalho fui numa gráfica cujo o mascote é uma arara. Visitamos o viveiro antes de ir embora. Tinham dois casais, um amarelo verde e azul, e o outro vermelho e azul predominantemente. Digo predominantemente porque eu sou incapaz de descrever aquele degradê colorido e intenso com tanta perfeição.A natureza é linda.
Precisava dividir essa sensação, como dizia o querido Tim Maia, "...é primavera, te amo".
2 de setembro de 2007
Juízo e sisos, antes não tê-los!
Por incrível que pareça tenho que acabar com o pouco juízo que me resta. Sim, tem pessoas abençoadas que já nasceram sem, o que eu considero sinceramente uma dádiva. Já eu, sou ajuizadíssima, nasci com os 4 sisos.
Dizem que esses dentes, que no geral são 4, começam a perturbar no final da adolescência, entre os 17 e os 20 anos de idade. Esquisito isso. Meu excesso de juízo começou a me atrapalhar só no ano passado, quando em livrei dos dois superiores. De lá pra cá a minha vida melhorou bastante, ando menos preocupada com coisas tolas, faço mais o que quero e o que gosto.
Eu sempre soube que ainda restavam mais dois, os inferiores, esses estão numa posição meio complexa, completamente deitados, e com força tentam estragar meu tratamento ortodôntico, creio que a força é proporcional ao juízo que quer sair de mim.
Na parte operacional da coisa, que é o que interessa, há algumas coisas que simplesmente não fazem sentido pra mim. Terei que me desfazer a força de uma coisa que é minha, nesse caso um dente, e ainda pagar uma fortuna por isso. Eu acho que o dentista que devia me pagar pra extrair um dente meu, afinal, andam cobrando os olhos da cara pra implantar dentes, que ainda por cima são dentes de mentirinha.
Sábado fui ao dentista, levei minha radiografia e minha mãe, até porque suponho que meus pais sejam responsáveis por eu ter esses malditos dentes. Conversamos com o dentista, que foi franco além do que precisava, o querido confessou que vai doer. Resolvi perguntar quanto teria que pagar pra me desfazer do juízo, pra quê eu fui pergunta?! Bem, vai sair por nada mais nada menos do que 250 reais, o preço mais alto na tabela de dificuldades que o doutor terá que enfrentar. A minha mãe sempre disse que eu gostava das coisas mais caras, mas eu podia ficar sem essa.
O dentista olha pra mim e diz: quer marcar uma data? É claro que eu quero, ta doendo né! Olhei pro calendário, me ative a não sacrificar os dois feriados do mês, e também o não feriado entre os feriados, isso pra não morrer de saudades do samba da sexta-feira. Decidi pelo dia 25 de setembro, uma semana antes do meu aniversário. Quero começar a viver os 25 anos sem esse juízo torto.
Sinônimos

Detalhe: sinônimos, antônimos e homônimos.
29 de agosto de 2007
Diário do Diabo - quando os anjos se prostituem
Outro dia a Leo me falou de um livro chamado o Diário do Diabo. Eis que ontem ela me trouxe e disse que queria me emprestar.
Com o título de bacharel e sem freqüentar mais as noites da Feevale tenho aproveitado os momentos antes de dormir para ler ou fazer palavras cruzadas, ou os dois.
Diário do Diabo – Quando os anjos se prostituem – é um livro que conta a história da vida de um preso gaúcho, melhor, ou pior, é que é contata pelo próprio. O Melhor é pela autenticidade, o pior é que é verdade. Acho que foi isso, a verdade, que me arrancou lágrimas na segunda página. Eu não me lembro, nos meus poucos e bem vividos 24 anos, de algum livro ter me feito chorar, chorar com muitas lágrimas.
Por alguns instantes me perguntei se gostaria de continuar lendo isso. Refleti se não estava me deixando influenciar pela minha TPM que se aproxima e acabei seguindo a leitura até a pagina 17. Fechei o livro por conta da dor que se misturava com o sono e também com a dor na minha garganta. Reparei que na contra-capa não tinha um longo texto fazendo comentários ou resumindo a obra, solamente está escrito: Abrir os olhos para a violência que nos cerca não deve ser um triste privilégio de quem está definitivamente condenado pelo acaso a viver um dos papéis, de réu ou de vítima. Este é um livro para lembrar o que todos querem esquecer.
Depois disso decidi que não quero esquecer vou prosseguir a leitura.
23 de agosto de 2007
O vôo do Baltazar
Aqui em casa já tivemos várias espécies de pássaros, mas nenhuma que a família tivesse gostado tanto. Amarelinho, de bochechas vermelhas e uma crista alta, uma Calopsita, batizado de Baltazar pela Cacá. Meu pai o ensinou a cantar o Hino do Grêmio. Ele assovia uma maravilha, adora fazer isso pra chamar a atenção das visitas. As pessoas ouvem aquilo e perguntam quem esta assoviando, nem desconfiam dele.
O Balta, como eu o apelidei, foi acostumado solto direto, é um pássaro desses que pousa em ombro amigo, como diriam alguns “um papagaio de pirata”. Adora comer pipoca como gente grande, assisti filmes com a gente. Ontem mesmo vimos “A Procura da Felicidade”, com o Will Smith, um ótimo filme, talvez o Baltazar tenha se inspirado nele para voar, para buscar a sua felicidade.
Primeiro alçou um vôo pequeno, que foi da garagem até a divisa do terreno de dois vizinhos dos fundos de casa. Meu pai e minha mãe fizeram todo o esforço para resgatá-lo, usaram até uma escada, mas ele tava disposto mesmo a voar, e voou dali pra não sei onde.
Meu pai, coitado, tava quase chorando, pensando até em fazer umas pipocas e espalhar por aí, numa idéia semelhante intenção de “João e Maria”, aonde as aves vão comendo o caminho. Eu consolei dizendo: se ele sabe voar tão bem, é claro que ele tem que ficar livre. Mas meu pai, como preocupação de pai disse “ele sabe voar, mas não sabe sobreviver sozinho, não sabe buscar comida, e também tem muito gato na vizinhança”. Fiquei calada. A manhã nem terminou, aliás eu nem terminei de escrever isso e o bom filho retornou a casa trazido pela vizinha da quarta casa depois da nossa.
Sinceramente não sei como o Balta se sente, talvez frustrado. Mas é bem verdade que ele pousou em uma casa de família, procurando pessoas, tenho certeza que ele gosta de gente, talvez ele tenha descoberto isso ao longo do vôo. Também não sei se ele sobreviveria muito tempo sem comida e com tantos gatos por perto como disse meu pai, mas o Baltazar teve o imenso prazer de voar, de experimentar essa sensação para qual veio ao mundo.
21 de agosto de 2007
Ressaca Moral
saudade
" Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida ". Clarice Lispector
20 de agosto de 2007
mãos mágicas

Desenho pra gente grande

Bom, esse foi o detalhe, porque todo o resto está explícito. Uma história inteligente, com um humor inteligente, brinca com os esteriótipos da nossa imaginação ridícula sobre contos de fadas. Nesse caso a grande moral é: nem tudo que parece é! Achei esse filme semelhante a uma dinâmica de grupo (para adultos) chamada “João e Maria”. É a história de julgar o livro pela capa.
Do ponto de vista estético vou me ater em dois comentários. O primeiro é sobre as roupas da Chapeuzinho. Achei o máximo ela usar baby look, calça jeans boca de sino e uma mini saia por cima da calça. Também, seria ridículo apresentar em 2007 uma menina com cara de inocente (leia-se idiota), que é passada pra trás por um lobo mau. Pobrezinha! A outra coisa que quero registrar maneira com que os planos diferentes contavam a mesma cena de acordo com o personagem, simplesmente sensacional.
De fato, pra reparar tanto em desenho animado, só gente grande.
15 de agosto de 2007
Ei Fred!


Ontem de noite revirei uma gaveta que passa tempos sem ser visitada. Eis que encontrei meu livro de autógrafos, sim, o livrinho que comprei na Disney em 1997. Dentro dele só tem três assinaturas, eu não sou nada tiete, mas estava lá o autógrafo do Fred. Aí lembrei que eu também tinha uma foto dele. Gabi, pra ti!
13 de agosto de 2007
12 de agosto de 2007
Parafraseando: "são tantas emoções"!
Não nem sei bem por onde começar. A sensação de estar em cima do palco do Salão de Atos é indescritível. Dizer eu prometo, mesmo parecendo demasiado artificial, sim, porque é no exercício diário que se diz “eu prometo”, é transformador.
Os últimos cinco anos passam na minha cabeça como um filme. Puxa! Minha vida seria outra sem esses anos. Como eu cresci!
Traduzir em algumas poucas palavras os sentimentos meus e de meus colegas para uma platéia de pessoas queridas foi fantástico. Subir ao púlpito, lugar de nome feio, que lembra coisas fúnebres e que não vem ao caso, é muuuuuito bom. Eu não via nada lá de cima. Pensei que os refletores tivessem me ofuscando. Mas ao final da cerimônia tive a certeza que não. A professora Paula Cundari disse que meu olho brilhava de uma forma radiante, aí cheguei à conclusão que eram os meus olhos que ofuscavam os refletores. Na verdade também não eram meus olhos, era a alegria na sua mais pura forma que transbordava por eles. Era a janela que ela precisava para sair.
O discurso do reitor me emocionou tanto quanto o da formosa paraninfa Paula. As palavras proferidas por eles me davam a sensação de estar sendo tatuada. Tatuagem não dessas que vem nos chicletes e saem com um pouco de água ou álcool. Essas palavras pareceram ser semi-definitivas, gravadas com uma agulha fina, e que a manutenção no corpo depende de cada um.
Minha família estava ótima. Minha mãe deslumbrante, meu pai radiante e o meu irmão era a pessoa mais política da festa. Como é bom quando as pessoas se orgulham de ti. Ontem eu tinha essa magnífica sensação. Passei o dia sem sentir frio ou calor, sede ou fome, meu corpo foi tomado apenas por abstrações. Uma infinidade de pequenos e grandes prazeres reunidos de uma só vez.
As pessoas mais queridas e de boa fé apareceram pra se contaminar com aquilo que me saia pelos poros. Minha família, meu vô, lindo demais. Meus tios queridos, padrinho e minhas madrinhas, a turma da FUNAI, as piranhas, meus professores amados, meus AMIGOS com letra maiúscula. Pessoas sensíveis para entender a grandeza desse rito de passagem na vida de alguém.
Chegando em casa abri os presentes li todos os cartões e mensagens. E como isso me toca. Vou guardar as mensagens de carinho numa caixa e utilizar como pílulas diárias de auto-estima, de incentivo para realizações. Sem menosprezar nenhuma delas, preciso destacar aquela que recebi do Eliandro, veio distribuída entre as páginas o Almanaque Anos 80, e quase me arrancou lágrimas.
Só posso agradecer mais uma vez essas coisas boas, as pessoas que me amam. Esses momentos ficam marcados na vida de libriana como eu. Obrigada
ps: Quarta-feira recebo algumas fotos, vou postar o link com momentos aqui.
9 de agosto de 2007
santo remédio
6 de agosto de 2007
a bela carceragem dos Flinstones
Este final de semana foi de concentração. Sexta um peixe ao molho de leite de coco feito pela Gabi, muitas garrafas de vinho e a Lapa. Dançar até ficar extasiada de cansaço, uma canja antes de dormir.
Sábado chuvoso. Joguei os compromissos pro alto à medida se acabava a bateria do meu celular. Fui adotada pela família Flinstone. A Wilma, nesse caso a mãe da Gabi, dizia que eu estava em prisão domiciliar, não era possível nem chegar na porta, porque de fato não era o Dino que habitava a garagem, e sim a dupla feroz Samanta e Morgana. Nomes meigos mas fuças nem tão afeiçoadas.
Aprendi a escolher feijão. Tive a satisfação de vê-lo cozinhar na panela de pressão e assistir um lindo balé feito pelas gotículas de água que escorriam sobre a chapa quentíssima do fogão à lenha. A dança era linda, bem mais bonita do que o Lago dos Cisnes.
Pude reler depois de muito tempo o Lar Desfeito, do Veríssimo, num livro que a Gabi pediu emprestado pra alguém e nunca mais devolveu. Quanta alegria lembrar da frase que eu dizia na peça, na verdade não era eu, era Vera, a filha mais nova. Podre, tudo podre!
Ainda sobre os livros no quarto da piranha, tenho algo sério a declarar. A Gabi pensa seriamente em matar alguém ou “alguéns”. A quantidade de livros que ensinam a matar no quarto dessa guria é espantosa. Ainda bem que eu sou amiga dela e não me passa nunca pela cabeça perder essa condição.
Dei um susto na malvada da Samanta, meu grito a deixou com medo. Hahahahahah!
Fui escravizada descascando nozes para a torta de chocolate. Vi um filme que queria ver faz tempo, O ano em que meus pais saíram de férias. Não tive condições de encarar Nem que a vaca tussa, a cama era uma rival poderosa.
As cadelas simpáticas levaram eu e a Gabi pra passear pelo bairro no domingo. Sim, elas escolhem o caminho e a velocidade. Ganhei a confiança da Morgana.
O sol apareceu e lá fomos nós pra praça com chimarrão, bergamota e bananada. Também, um ilustre visitante como o sol merece. Falamos de negócios, de futuros incertos.
Almoço, torta de chocolate, uma carona e deixei o celular sem baterias na casa Flinstone. Isso sempre me acontece. Um bom motivo pra voltar pra prisão.
Obrigada Fred, Wilma, Pedrita e Bam-Bam.
1 de agosto de 2007
Sugestões
Colar
Anel
Brincos
Bolsa
Posters da Casa do Poster
CD’s (samba de raíz, samba rock, mpb)
DVD’s (entre eles: cinema revolucionários soviético, Chico Buarque, Smallville, musicais, chaplin, contos clássicos, anos rebeldes, Madona)
Livros* (meu gosto vai de poesias até receitas passando por moda, arquitetura e comunicação, lógico. Não me importo que sejam usados) *Eduardo Galeano, comédias da vida privada, Marta Medeiros, Davi Coimbra, Drummond, Neruda
Manual ou livro do Ilustrator CS2
Dicionário de sinônimos
Sandalhas, sapatos, sapatilhas, etc (nº39)
Chinelo de lã ou pantufa com sola de borracha (que não o passa frio)
Cosméticos, creminhos e etc são sempre bem vindos
Depilador roll on
Balança de banheiro
Webcam
Travesseiro de plumas de ganso (quero mto ter)
Aromatizador de ambiente com propriedades calmantes (é mta ansiedade...)
Bicicleta
Relógio
Pijama quentinho
Abajour, luminárias e móbiles
Um secador de cabelo que tem uma escova que gira e deixa o cabelo lindo.
Porta retrato
jogos como resta um, master, imagem ação, jogo da vida, war
Blusa, moleton, bata, boné
Mural de metal
Não levem muito a sério.
31 de julho de 2007
Dhomba

Foto: O Laçador está no Dhomba
Registro importante
O melhor lugar da cidade nos últimos tempos chama-se Cachaçaria Canavial, na rua Tupi 1199.
Todos os drinks são feitos com cachaça. E o licor de mel é um espetáculoA Lapa bem pertinho

A balada se chama “Um Passeio na Lapa”, e quem organiza é o Naco Guimarães, que além de um bom carioca é muito talentoso no que faz, aliás, ele contribuiu de forma ímpar no meu documentário Insana Criatividade.
Bem, toda sexta agora tem Maravilha em Porto Alegre. Tem samba!
A parada acontece no Abstratus Bar – Otávio Correia, 35 – Cidade Baixa
26 de julho de 2007
Uma estante sem fim
Graças a Cátia e o Luciano descobri um site MA-RA-VI-LHO-SO! O Estante Virtual. Lá estão todos os melhores sebos do país. Dá pra achar de tudo e ainda fazer a cotação de preço.
Eu encomendei um livro do Rafael Sampaio por R$16,00, mais 4 pilas de frete. O livro está em excelente estado e chegou 4 dias depois do depósito bancário. Hoje em dia quase não se tem o prazer de recebe cartas além de mala direta, é claro, mas receber um livro embrulhado em papel pardo e com escrito à mão é uma sensação de nostalgia fantástica.
É livro que não acaba mais, dá pra saciar a vontade de revirar estantes de todo Brasil sem sair de casa.
Espetáculo!
22 de julho de 2007
Informação no canhão

Bom, não quero perder o foco da minha intenção, que é falar sobre o acidente da TAM. Eu não sei bulhufas sobre trafego aéreo, pistas de pouso ou coisa parecida. Sei que é direito lutar para saber as causas do acidente, identificar os culpados e puni-los, e esse direito eu defendo demais.
Morreram quase 200 pessoas nesse acidente que coloca o país mais uma vez no topo em função de um índice trágico. Mas se é para falar de tragédia falemos: todos os dias morrem aos montes lá no Rio e aqui perto, no Bairro Santo Afonso. Até aí nada de mais, banal né (não acho)?! Porém não vejo o mesmo empenho da imprensa em buscar as causas dessas mortes. Por que será?
Os mortos do cotidiano em sua maioria nunca andaram de avião, porém sabem como é andar à pé, de bicicleta, de ônibus como um sardinha em lata. E eu me pergunto por que as causas de morte desses não merecem investigação e punição dos culpados?!
Ás vezes me parece que os parentes das vítimas do Vôo da Tam estão sendo usados como bucha de canhão, e isso sim me deixa profundamente indignada. Querem fazer da tragédia um espetáculo, um circo armado com um bom domador de leões.
Minha solidariedade aos amigos e familiares das vítimas do vôo 3054 e meu protesto pela atitude dessa imprensa que me envergonha.
OBS: O que ta dando pra ver na TV é o PAN, no qual o Brasil tem mostrado maravilhas.
11 de julho de 2007
Um pouco de síndrome HIENA
Passei duas semanas fora de casa em função do Congresso da Une, na real pra UJS. A primeira semana foi em São Paulo diagramando 30 páginas, 2 camisetas e uma faixa. Tudo isso em tempo quase record. Passei muitas horas acordada graças aos flaconetes a base de guaraná que a Titi chama de “arrebite”, foram eles que garantiram que os materiais chegassem na gráfica no tempo (limite).
Depois fui enviada à Brasília pra arrumar algumas coisas do tipo: montar tendas, provar chopp, contratar som, mesas e cadeiras entre outras. O dia de chegada foi ótimo, comi melancia com a Manu e conheci o fumódromo da Sala Verde, fiquei impressionada com a engenhoca mesmo não sendo uma fumante. A noite foi agradável, fui cumprir a trabalhosa tarefa de aprovar o chopp pra tenda. Depois encontrei com a Leonor, amiga recente, jornalista da FENAJUFE.
Se no primeiro dia tudo corria bem, gradualmente as coisas pioravam. No segundo dia tive dificuldades com as tendas, pouco auxílio dos “bicuíras” (nativos), baixa adaptação ao clima nada úmido.
A tenda – Parte 1
Esperei a tenda do Centro Comunitário ser montada, escolhi teoricamente o melhor lugar. Os peões demoraram 40 minutos pra deixar a grande estrutura de 11x11 metros de pé. Tranqüila, depois disso fui almoçar com a Dani, quando toca meu celular, um chip de Brasília que comprei no aeroporto e que no máximo cinco pessoas sabiam o número (entre elas minha mãe). No telefone a responsável pelo Centro Comunitário me xingando por causa da tenda. Juro que me senti investigada pela CIA.
Para o meu alívio a Titi e a Gabi chegaram na quinta. O engraçado é que o trabalho recém tinha começado. Nós três mais o Anderson compúnhamos o gruo SE VIRA NOS 4! A impressão que dava era que nós havíamos sido contratados para carregar muitas caixas, camisetas, materiais, subir em cadeiras, tomar choque, dormir pouco entre outras coisas.
A tenda – Parte 2
A montagem da tenda do Minhocão da UnB demorou pra acontecer. Fomos deixados horas esperando. Mas a tenda chegou e ficou linda, esta de 10x10 metros. Em uma hora arrumamos um ‘puta’ bar, com mesas, cadeiras, enfeites de festa junina e uma banca de materiais e camisetas. Ah, também chegou a empresa de chopp e a barraca bombou. Bombou por pouco tempo, até chegar a prefeitura do Campus e levar a Titi. Minha amiga foi presa! (rsrsrsrsrsrs)
Voltando para a tenda do Centro Comunitário aguardamos a instalação do som. O cara da empresa me avisou que a tenda dava choque. Descobri que o maravilhoso lugar escolhido por mim era embaixo dos fios de alta tensão, que formaram um campo de energia com os pilares de ferro. Ninguém merece! A tenda foi revestida por sacos de lixo. Apesar do visual ter ficado estranho o espaço bombou muito. Foi o que salvou a festa, de acordo com as boas e badaladas línguas experientes em congressos.
Vende camiseta, arruma carro, prende faixa, leva matérial, busca material, vai pra passeata, volta, espera o DJ da tenda, arruma a tenda, morre de fome, acha uma pizzaria ruim no shopping, dorme, acorda, vai na festa conferir, chega e vê que o visual foi destruído mas a festa mais uma vez está lotada. Tudo ok? Ok! Entra no táxi, volta pro hotel, dorme pouco e acorda cedo. Desmonta as coisas do Minhocão e monta no Ginásio. Carrega peso, mais peso, mais peso, mais peso (Caralho: a gente é muito forte!).
Mais uma noite, a última de congresso. Mudaram os DJs mas a festa continuou bombando com uma música que eu odeio. O DJ desta noite fez minha festa ficar ruim, ou indigesta, como o Anderson gosta de dizer. Briguei com o cara de mal gosto musical, assisti os manos do Faces da Morte, voltei pro hotel, arrumei a mala parcialmente e dormi. Às 4h da manhã o DJ ruim liga me cobrando o pagamento. Ahhhhhhhhhh ...... ninguém merece!
Domingo último dia de congresso. Aleluia. O dia passou rápido, desta vez carregamos menos caixas. Arrumei minha vaga de carona em um ônibus de MG. Fui pro hotel, tomei banho, terminei a mala e voltei ao Ginásio. Chegando no local marcado para a o embarque eis que minhas referencias desaparecem. Pego minha mala gigante e saio a caminhar por todo estacionamento imponente (como toda a Brasília) em busca de um ônibus que me levasse à BH ou proximidades. Andei até calejar as mãos. Fui procurar a Titi e a Gabi. Ligamos pra umas pessoas e nada. Na rodoviária descobrimos que o último ônibus tinha saído há uma hora atrás e o próximo era só na segunda à noite.
Nesse meio tempo saiu o resultado do Congresso. Minha conterrânea foi eleita presidente da UNE. Parabéns Lúcia!!!
Chorando e sem saber o que fazer fui num bar com a galera. Minha mala foi num carro e eu em outro. A dona do carro sumiu sem deixar vestígios junto com a minha mala. Fiquei menstruada (acho que de ódio). Bebi Arak. Sem carona, mais uma noite em terras vermelhas, voltei pro hotel, sem mala. Chorei de raiva de não sei do quê. Acordei sedo sem precisar. Fiz muitos telefonemas até localizar a mala.
Esperando a Titi me vi numa cena bucólica ouvindo poesias de Vinicius de Moraes no rádio do PV. Decidi ir direto pra casa. Acho que tem olho gordo na minha felicidade. O almoço foi numa churrascaria pra compensar esse drama. Arrumei uma passagem BsB- PoA pro mesmo dia. Só reencontrei minha mala às 16h mesmo tendo localizado ela antes (problemas logísticos).
Urucubaca valendo! Parti pro aeroporto, meu vôo às 19:36. Muito trânsito e um motorista de táxi meio doido (comum em BsB). Atrasada não queriam deixar eu embarcar. Fale, implorei com um tal de Mello da Tam que deu um jeito de despachar minha bagagem. Fiz uma maratona até o portão 6. Sobrevoei Porto Alegre mas São Pedro não foi generoso e proibiu a descida. O avião teve que parar em Curitiba, o único aeroporto aberto do sul do país. Que meda heim! A Tam fez a gentileza de colocar 2 ônibus para Porto Alegre. Eu não mereço! Mais 10 horas de viagem. Cheguei em casa hoje ao meio dia. Salva e nem tão sã, muito menos feliz.
Lições do 50º CONUNE
1. Não faça mala na última hora;
2. Pesquise antes quantas páginas você terá que diagramar, em quanto tempo e em qual computador;
3. Pode confiar no “arrebite”, ele deixa ligado mesmo;
4. Nunca faça uma camiseta com a frente igual e estampa diferente nas costas. Não adianta porque as pessoas não entendem;
5. Nunca monte uma tenda de 11x11 debaixo de fios de alta tensão;
6. Nunca contrate uma empresa que manda um DJ diferente a cada dia de festa;
7. Confie no táxi 3030!
8. Não conte com os “bicuíras”, eles não vão ajudar;
9. Faça no mínimo uma equipe de 4 elevado na potência 2.
10. Não deixe uma trufa de bobeira na bolsa, o povo gosta de chocolate e rouba sem dó;
11. Articule mais e melhores caronas pra MG, ou compre sua passagem de avião ou ônibus de linha;
12. Não viagem em carro separado as sua mala, ela avi se perder;
13. Não ouça Vinicius de Moraes na segunda pela manhã, é meio “indigesto”;
14. Perca o vôo em Brasília caso descubra que em Porto Alegre faz chuva, frio e neblina ao mesmo tempo.
15. Tenha amigas como a Gabi e a Titi. Faz toda a diferença;
16. Anote tudo isso para o próximo congresso!